cap 2 -reino sombrio

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Acordo, sem saber onde estou, me desespero ao lembrar do que aconteceu, olho ao meu redor e estou num quarto bem decorado, com cores escuras e claras, roxa e rosa, me assusto quando um homem de meia idade mais ou menos, com cabelos grisalho, olhos esverdeado e pele clara, entra no quarto, ele não aparenta ser ruim.

— não precisa ficar com medo de mim, não irei-te machucar — ele sorrir gentilmente. — me chamo Apolo.

— Sou a Antonella, e.. onde eu estou? —pergunto curiosa.

— Está na minha casa jovem, quase o meu filho te atropelou ontem a noite

— Preferia mesmo ter sido atropelada —Digo baixo, mas para mim do que para ele, mas tenho certeza que ele ouviu.

— irei te levar para casa ok?

Casa não, não queria voltar tão cedo, estou com muito medo daquele homem, não sei se minha mãe acreditaria em mim, começo a chorar ao lembrar e esse senhor pergunta-me o motivo de eu estar tão abalada, em meio aos soluços e choros eu explico-lhe a metade do que aconteceu, ele diz que se eu quisesse ficar, seria muito bem vinda, seria bom para eu colocar as coisas na minha mente, me recompor e encarar aquele monstro, resolvo aceitar o convite, ele pergunta se estou com fome e logo sai do quarto e eu o acompanho, ele prepara um lanche para mim, não sei se consigo comer, a imensa vontade de vomitar me consome ao lembrar do que aconteceu.

—tenta comer — ele fala e só então percebo que estou tempo demais observando o nada literalmente.

Como um pão de queijo, nossa como eu amo, consigo comer um pouco, logo depois ele me traz algumas roupas e uma toalha para eu poder tomar um banho.

— acho que gostaria de um banho relaxante, trouxe essas roupas aqui, tem um banheiro no quarto em que você está, pode usá-lo.

— De quem são essas roupas? Você tem uma filha? — pergunto curiosamente, mas logo me repreendo quando vi que sua feição mudou de sorridente para triste.

— Sim, ela era da sua idade, agora sem mais perguntas, tome logo o seu banho e descanse. — ele fala triste com a voz embarcada ao falar da sua tal filha, era? ela morreu? aí como eu me odeio ele deve ter ficado mal, eu e essa minha boca grande.

Depois que eu tomei o meu banho, eu fui andar pelo o quarto ele é bem grande, sem querer deixo cair algo de dentro de um potinho, uma pedra brilhosa que linda
Ela sai rolando até a parede fazendo com que.. Perai isso é uma porta?
Iria abrir a portinha quando o senhor aparece me assusto e rapidamente pego a pedra e fico em pé

— Venha passear no jardim, gosta de livros? Tenho vários na biblioteca. — ele sorrir.

— sim, obrigada.

Quando ele sai coloco a pedra onde estava, olho novamente para a parede, e não tinha nada, mas eu tinha certeza que tinha uma porta aqui agora, acho que tudo isso me deixou doida

Vou até o senhor que estava a caminhar pelo o jardim, reparo que essa casa é diferente, uma casa rústica antiga em RJ? que doideira, fomos até a biblioteca, que lugar estranho parece diferente, essa casa, esse jardim, não parece nada com Rio de Janeiro, onde estamos, que lugar é esse que eu nunca vi?

Mas eu nem ando saindo de casa também, deve ser porisso que não conheço nada e lugar nenhum, e se eu pergunto a minha mãe ela fala a mesma coisa isso me cansa

— Que incrível! essa biblioteca é demais, olha o tamanho, quantos livros — fico encantada com esse lugar.

— Ooh vejo que adora ficar sozinha, lendo e ouvindo música certo?

Como ele sabe? será que dá pra saber assim só por eu ter ficado super empolgada?

— Sim eu amo, e também adoro dançar — fico envergonhada ao falar.

— Já que a senhorita irá ficar aqui, pode vir quantas vezes quiser e ficar o tempo que quiser nessa biblioteca, se não se importar me ajudaria a limpá-la?

— Claro, eu vou adorar.

....

Uma semana se passou na casa de um desconhecido, eu só posso tá ficando maluca, mais ele é tão gente boa, super simpático e gentil, mas uma coisa intrigante é que nem o filho e nem a filha dele aparece por aqui, coisa que ele disse que tinha

Bom estamos a limpar essa biblioteca, acho um livro que parece ser incrível, abro ele e sai um brilho de dentro, derrubo o livro com o susto, meu deus.

— Ora ora vejo que encontrou o livro mágico — ele diz entrando na biblioteca na prateleira onde estou.

— Livro mágico? — esse senhor só pode está maluco.

— Sim, ele conta a história de como a magia surgiu e como praticá-la, é um livro ilimitado, existe apenas dois dele, mas um se perdeu no mundo real.

— Você acredita que magia existe? — pergunto intrigada com isso.

— Eu acredito em tudo — ele responde de imediato.

— Mas você já viu a magia? — pergunto ainda mais curiosa.

— Oh não, a magia é algo que não se ver.

— Mais como sabemos que ela existe?

— Por que a magia abita naqueles que acreditam nela. —ele sorrir.

Fiquei pensativa no que aquele senhor disse, será que magia existe mesmo? E que história é essa de mundo real, oh Deus que doideira

— mas então, Antonella — ele dá uma pausa. — Você não acha que sua mãe está preocupada com você?

Será que ela está? Ou nem sente minha falta? Acho que preciso voltar e encarar isso, eu amo minha mãe independente de qualquer coisa, respiro fundo e então respondo.

—bom eu realmente não sei — dou uma pausa e desço da escada. — mas eu amo ela, e acho que estou pronta para voltar.

—tudo bem, irei te levar de volta para casa, e fazer com que você não se lembre.

—obrigada, mas, não me lembre do que?— pergunto curiosa, ele demora a responder, como se estivesse pensando se realmente era bom falar, e só então ele olha pra mim e diz.

— querida Antonella, á muitas coisas que irá descobrir, segredos que irão se revelar, coisas que precisará ser forte para lidar, e não sei se será uma boa ideia fazer com que você saiba desse lugar.

— eu irei esquecer de você? E das coisas legais que fiz aqui? mas, como? por favor se isso for possível não faz, eu amei cada momento aqui, eu sentir um carinho de pai que eu nunca tive, não quero me esquecer que o senhor me ajudou.

— Oh querida. — ele me abraça, e eu retribuo. —tudo bem.

— obrigada —sorrio.

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