Fim

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É isso mesmo que vcs leram.

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             Agora sentados lado a lado na cama de Franz, o rapaz se sentia orgulhoso em ver as reações de Leon lendo tudo que escreveu. O ruivo não havia tirado o sorrisinho bobo do rosto e, vez ou outra, seu rosto ficava vermelho de vergonha. O moreno só ficou apreciando as expressões do namorado.

              Quando ele terminou a leitura, Franz ganhou um beijo amoroso que foi muito em aceito. Era meio assustador como Leon o deixava tão rendido apenas com um beijo, Franz se perguntou se causava a mesma coisa em Leon quando ele o beijava. 

             Como resposta ao beijo, Franz passou os braços pela cintura de Leon e o puxou para mais perto. Não havia segundas intenções maliciosas, ele só queria quebrar essa distância entre seus corpos. Leon, por outro lado, não tinha nada do que reclamar, passou os braços por cima dos ombros do namorado e o puxou para mais perto, aprofundando o beijo.

                Eles teriam passado mais tempo assim, teriam mesmo, agarradinhos assim em pleno final de semana, só vantagens nesse cenário...porém eles esqueceram que não estavam sozinhos na casa.


-Franz, vamos no mercado para comprar os ingredientes que sua mãe pediu. -A voz grossa de Marcelo soou do outro lado do corredor junto com três.

-Tá! -Respondeu após se separar do beijo.

-Te espero lá na sala em 8 minutos. Ah, se quiser, leva o Leon.


                       Os passos se afastaram e agora só o leve som de respirações descompassadas preenchia o quarto. Franz olhou para os olhos verdes de Leon, se questionando como alguém podia ter olhos tão lindos, tão verdadeiros com suas emoções. Ele sentiu vontade de beijar


-Tenho que ir.

-Eu sei. -Disse Leon, meio aéreo.


                            Nenhum dos dois fez menção de separar seus corpos, estavam tão bem assim, tão bem encaixados, como peças de um quebra-cabeça cheio de cores. 

                              Franz foi o primeiro a tomar a atitude de se separar (seu pai era muito tranquilo, mas rígido com horários), porém, um abraço o impediu. É como diz o ditado: no meio do caminho havia um abraço, havia um abraço no meio do caminho.


-Leon, eu preciso ir.

Só mais um pouquinho. -Pediu manhoso.

-Se quiser, é só vir junto.

-Vc sabe que eu tenho medo do cara do mercado!

-Mas o Sr. Pascoal é só um velhinho de 78 anos, Leon! -Riu do medo bobo do namorado.

-Eu nunca vou esquecer o dia em que a dentadura dele caiu em cima de mim, Franz. Nunca. -Estremeceu ao lembrar o ocorrido.


                      Franz também lembrava desse dia com perfeição. Eles tinham 8 anos ainda, festa de halloween na rua. Estavam voltando da festinha da escola quando resolveram parar no mercadinho do Sr. Pascoal para comprar refrigerantes. Na hora da compra, o Sr. Pascoal se inclinou demais para ver melhor a fantasia dos meninos e sua dentadura caiu nos cabelos, antes castanhos, de Leon. Para piorar, o Sr. Pascoal achou que seria uma ótima ideia mostrar sua dentadura de brinquedo junto com sua fantasia de esqueleto. Leon nunca mais foi o mesmo depois daquele dia.

Manual do FranzOnde histórias criam vida. Descubra agora