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"Luta por mim, desiste não
E lembra do que eu disse, então
Amar é muito melhor que ter razão"

Walker Bennet.

Me levantei e pedi carona até a casa do Clint, quem me cedeu foi o Capitão, eu fiquei receoso que o clima ficasse estranho dentro do carro, mas pelo contrário, foi divertido.

— Você parece ser bem próximo do menino aranha, isso é coisa dos Stark?— O capitão me perguntou, sem tirar os olhos da estrada.

— Ah, a gente estudou junto desde o primário, foi fácil manter amizade com ele. — Eu respondi com um sorriso, lembrando da minha amizade, mas logo mudei de assunto. — Você é a primeira pessoa que me chama de  Stark, normalmente as pessoas me comparam com o meu pai.

— Sério? Achei que você era famoso como um mini Stark. — Ele olhou pra mim rapidamente e eu senti meu rosto queimar um pouco.

— Não...eu tô mais pra um fantoche do meu pai. — Eu falei ignorando o calor repentino no meu rosto, olhei pra janela percebendo que estávamos entrando na fazenda dos Bartons.

— Não fala assim, você é inteligente demais pra ser fantoche de alguém. — Steve falou e eu me virei pra olhá-lo, ele tinha uma voz tão calma que até se me xingasse eu ficaria encatado.

Ele parou o carro quando chegou perto o suficiente da casa, eu tirei o cinto e me virei novamente pra ele.

— Valeu pela carona Capitão, foi legal conversar com você. — Eu abri a porta do carro e saí, fechei a porta e o olhei pela janela apenas aberta o suficiente pra ver seu rosto.

— Por nada, e me chama de Steve. Não esquece de me ligar quando terminar aí. — Ele piscou pra mim antes de fechar a janela e dar partida no carro de novo.

Eu encolhi meus ombros antes de virar pra casa, andei até a porta e fiquei encarando ela por um tempo, pensando se estava fazendo a coisa certa, até uma voz abafada de criança me chama atenção, eu me inclinei pra ver pela janela e tive a visão do Clint brincando com sua filha, Laila, aquela cena me fez sentir confortável por alguns segundos e eu finalmente consegui bater na porta.

Fiquei um tempo esperando até ouvi o barulho da maçaneta e não demorou muito até eu ver o rosto do Clint na minha frente, mais uma vez.

— Ah, oi Walker. — Ouvi sua voz e senti minhas mãos suarem, ele segurava um caminhão de brinquedo na mão no qual eu fiquei encarando, tentando esconder meu nervosismo. — Foi mal, eu tava brincando com a Laila, entra aí, ela vai gostar de te ver. — Ele escondeu a mão que segurava o brinquedo e foi um pouco pro lado, me dando passagem.

Eu respirei fundo e entrei na casa dele, sem fazer nenhum contato visual.

De repente, todo meu nervosismo foi embora quando vi um par de olhos pequenos e brilhantes me olhando, ela se levantou rapidamente quando me viu de pé da porta.

— Tio Walker! Que saudade! — Laila correu até mim e abraçou minhas pernas, eu senti todo o peso e toda a angústia que eu carregava desaparecer.

— Oi meu amor. — Eu peguei ela no colo e vi seus olhos, iguais ao do seu pai. — O tio também tava com saudade de você.

— Por que você nunca mais veio aqui? Eu gostava de brincar com você. — Ela me respondeu, com uma voz meio brava, eu soltei uma leve risada descontraída, percebi que ela já estava falando como uma criança crescida e me dei conta que realmente fiquei muito tempo sem vê-la.

LITTLE HAWK ー Clint BartonOnde histórias criam vida. Descubra agora