Capítulo 3

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Leiam devagar!!
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O apartamento de Jeongguk não era luxuoso nem exagerado, mas modesto e estratégico, do jeitinho que sempre quis. Não podia negar que sua parte favorita de todo o cantinho que agora podia chamar de seu, sem dúvidas, estava na lareira elétrica da sala embutida à parede. Era a coisa mais inusitada que já tinha visto e talvez a mais inútil também, mas pelo menos cumpria o que prometia em aquecer e decorar o ambiente.

Os olhos de Jeongguk assistiam atentos às chamas movendo-se para lá e cá, vidrado e pensativo. Sentado ao chão da sala, com os cabelos um pouco úmidos pelo banho recém-tomado e agora com suas roupas quentes, Jeon se mantinha abraçando os próprios joelhos contra o peito e não dizia nada, observando a lareira. E se aquilo não fosse apenas uma tela 3D imitando a fogueira, Jeongguk com certeza jogaria Park Jimin nas chamas, sem pensar duas vezes.

– Você tá bem pra falar agora? – Jimin surgiu, saindo da sua cozinha com uma xícara de chá nas mãos e entregando ao mais novo, que o olhou com uma expressão nula. Os olhos vermelhos porque vergonhosamente teria chorado no caminho de volta pra casa e tinha chorado um pouco mais no banho enquanto Jimin o ajudava, pois o álcool também podia humilhar quando queria, por fim Jeongguk deu de ombros, se mostrando indiferente e tomou um gole. – Quero saber se está sóbrio. – Jimin sentou no chão ao lado dele, apoiando-se no sofá às suas costas de maneira cansada, afinal ainda era madrugada.

– Há quanto tempo você sabe disso? – indagou sem encarar ao Park. – Eu sabia que estava esquisito. Sabia.

– Há alguns dias. Semanas talvez.

– Por que demorou tanto pra me contar?

– Eu queria falar da melhor forma, estava esperando o momento certo.

– Ah, jura?

– A gente vai poder conversar de uma forma civilizada? Sem todo seu deboche ou cinismo?

– O que você vai fazer, Jimin? – o encarou diretamente nos olhos. – Eu tô curioso. Curioso pra caralho.

Jimin sustentava o contato visual entre os dois e seus lábios assumiam uma linha reta e fina. Sem expressão e sem mais palavras também. Era como se estivesse no limite.

– Não me diz que concorda com isso, por favor. Eu sempre aceito suas indecisões, mas dessa vez não. Dessa vez não, Jimin.

– Eu não concordo, não assim.

– E o que vai fazer? Quero te ouvir dizer.

– Meus pais...

– Foi ideia deles? – riu como se entendesse tudo. – Isso combina tanto com a sua família.

– Do que tá falando?

– É óbvio que querem vocês juntos, que casal perfeito não é, cumprindo todo o padrão familiar coreano. Além de que tudo isso vai ser perfeito pro futuro da carreira da Jinah. – se desfez e o tom de voz deixava claro o quanto odiava tudo aquilo e a cara de desentendido do outro lhe irritava também. – Você realmente não entendeu ainda?

– Vou agradecer se puder me explicar.

– Parace até que não conhece o próprio pai, empresário e ambicioso. A estratégia de marketing dele nunca falha mesmo.

– Eu ainda não entendi.

– Jinah já é uma trainee ¹ há tempo suficiente, e apesar de ser popular, é óbvio que precisa de uns empurrõezinhos com a carreira, porque saber dançar, pular, cantar e ser bonita não basta. Estar noiva sendo tão nova é excelente, traz polêmica, traz destaque. Seu pai vai saber muito bem usar essa notícia ao favor dele. – dizia raciocinando tudo a cada segundo e juntando as peças. – Vai me dizer que não sabia? Nem suspeitava?

BUTTERFLY: O efeito do caosOnde histórias criam vida. Descubra agora