CAPÍTULO QUARENTA E QUATRO

987 109 54
                                    

- Jenny pare, por favor.

Escutar a voz da Esme atrás de mim que me faz parar. Eu estava correndo a algum tempo sem direção.

São tantas coisas na minha cabeça agora. Tantos sentimentos dolorosos.

- Esme - Sussurro seu nome tão baixo que acredito que ela não tenha ouvido.
Não consigo olhar em seus olhos.

- Filha, tá tudo bem.

- Não.

- Querida...

- Por que está sendo boa comigo? - Pergunto confusa olhando-a pela primeira vez. Por que não está brigando comigo, me batendo, com raiva?

Eu...

Eu não mereço sua bondade.

Eu...

Bato as palmas das mãos na cabeça irritada por ser tão idiota.

- Pare, tá tudo bem.

Esme segura minhas mãos me impedindo de continuar.

- Como pode não estar com raiva? Eu... Edward...

- A culpa não é sua.

- Eu não vi. Estava tudo bem na minha mente e de uma hora para outra ele... Ele não estava. Como? Eu não fui capaz de protegê-los. Bella nunca vai me perdoar. Esme me perdoa por favor.

Rapidamente eu estava em seus braços. Ela me apertava forte em seu corpo, sinto uma dor intensa no peito, eu queria muito gritar. Estava cansada de sentir essas dores.

Eu tremia em seus braços.

- Filha, você precisa se controlar pra que não faça nada que se arrependa, ok? Olhe pra mim.

Faço o que ela diz.

- Feche os olhos e pense no que faz você feliz - A obedeço - Pense no que motiva você a ser boa. Pense na capacidade que você tem de sentir na pele, de ouvir...

Sinto o vento frio arranhando meu rosto e meus braços, o cheiro dos galhos, das árvores tomadas por neve. Escuto o rosnado de um urso a alguns Km daqui e sinto aquela queimação voltar com tudo mas ignoro-a por um instante.

- Você está indo bem, pense na Rose. Pense no que você ama nela e as coisas que ela faz que fazem você feliz.

Rapidamente eu sorrio ainda com os olhos fechados.

- Muito bem. Te sinto mais calma.

Sinto os dedos da minha noiva em meus braços. Ela apareceu tão de repente que não senti o seu cheiro se aproximando. O urso acabou me tirando a atenção.

Abro os olhos a vendo em minha frente.

Ela não sorria, mantinha aquele rosto sério, emburrado, como de costume.
Ela não poderia estar mais linda. Logo éramos só nós duas paradas no meio das árvores cobertas.

- Você me odeia? - Pergunto baixo temendo a sua resposta.

- Um pouco – Concordo com um balançar de cabeça entendendo o por que – você saiu do meu lado - Ela continua séria e a olho sem entender. – Eu disse para você não sair do meu campo de visão e você desobedeceu.

Eu queria rir mas a minha também confusão não me deixou fazer isso. Eu não me atreveria.

- Eu... - Começo sem saber o que dizer.

- Estou chateada com você.

- Rose o que... Achei que me odiasse. - Digo juntando os dedos - Eu não fui capaz, eu não consegui, eu...

AMOR E MORDIDAS - ROSALIE HALE - POLIAMOR Onde histórias criam vida. Descubra agora