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Abro meus olhos lentamente, tentando me acostumar com aquela claridade

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Abro meus olhos lentamente, tentando me acostumar com aquela claridade. Pisco várias vezes sem me mexer tentando saber onde eu estava. Começo a ouvir sons de bip repetidamente.

Eu estava em um hospital.

Viro minha cabeça de leve vendo meus pais dormindo em uma poltrona, os dois estavam de mãos dadas.

- Papai - chamo com um fio de voz e logo meu pai se desperta no susto e acorda papai.

- Filha - os dois vem até mim.

- Meu amor você está bem? - ele pergunta.

- Acho que sim - respondo.

- Eu vou chamar a enfermeira - Demna diz.

- O que aconteceu? Por que estou aqui? Eu ainda estou no Brasil?

- Sim, estamos nos Brasil - ele responde - Você não se lembra de nada?

- Não muito, pode falar o que aconteceu?

- Você teve uma overdose de drogas, se suas amigas não tivesse chamado a ambulância você teria... bom, vc deve imaginar - papai diz e seus olhos enchem de lágrimas e começo a me lembrar e automaticamente me sinto culpada por fazer meus pais passarem por isso.

- Me desculpa - digo pra Loïk - Eu sou um desastre, vocês não merecem uma filha como eu.

"Eu quase cheguei ao céu"

"Achei que conhecia o meu limite, achei que poderia dizer não, mas é tão difícil quando você está dançando com o Diabo"

"Brincando com o diabo"

- Não diga isso - ele me abraça e ficamos abracados por uns segundos até meu pai chegar com uma mulher.

Ela me examina mais uma vez, e chama meus pais pra fora do quarto. Depois de algum tempo eles voltam mas sem a médica.

- Você vai receber alta apenas amanhã - ele responde - Depois disso, vamos direto pra Zurique - Demna diz.

- Tudo bem - concordo e ele vem até mim me abraçando - Desculpa - sussuro pra ele.

- Eu te amo filha - ele diz me acariciando.

- Pode me dar um papel e uma caneta? - pergunto e ele concorda.

Ele sai da sala mas logo volta com uma folha e uma caneta. Anoto as frases que vem em minha cabeça.

- Pai, antes de irmos você pode passar no hotel em que estou ospedada pegar minhas coisas? Mas o mais importante, as minhas anotações em um caderninho e outras em folhas avulsas - peço e ele concorda.

- Claro - sorri.

- E o Jae jae? - pergunto.

- Ficou com seus tios e sua Oma - papai responde.

𝐔𝐍𝐇𝐎𝐋𝐘 ━ 𝗝𝗘𝗡𝗡𝗔 𝗢𝗥𝗧𝗘𝗚𝗔 Onde histórias criam vida. Descubra agora