Hellish Paradise - Ran Haitani

capítulo 1

Tudo começou, quando nos conhecemos.
Sou a segunda mais velha, da família Inui, por último vem Seishu e em primeiro Akane — Nossa akane é tão brilhante e delicada como um girassol, as pessoas a amam e se sentem confortáveis perto dela, se apaixonam muito fácil, e até mesmo caem de amores por ela.

E foi assim, que acabamos conhecendo Hajime Kokonoi, ele era um dos que amava Akane, mesmo sendo novo demais pra isso, já que possuía a idade de Seishu, e eu era um ano mais nova que Akane, ambas já estávamos no início do ensino médio, enquanto eles ainda estavam no fundamental. Mas isso fez com que Seishu e Kokonoi se tornassem amigos, e passassem seus tempo juntos, mas os olhos de Kokonoi sempre estavam em Akane.

— Saya, por que você lê tanto? — Kokonoi me questionou, e eu o olhei.

— “Um livro é um sonho que você segura na mão”. — Neil Gaiman — Murmurei com um sorriso — Posso estar em diversos lugares, viver diversos amores, ser sequestrada pelo vilão que queimaria o mundo, ou ser a princesa de um príncipe cruel. Ler…é um escape da realidade, e em minha opinião…eu prefiro ler.

Kokonoi concordou, e em seguida se afastou indo atrás de Akane como sempre fazia e eu voltei para meu livro…onde a minha realidade era sonhar com um grande amor que jamais será vivido, ou talvez uma dia seja.

Só que…crianças crescem, e adolescentes amadurecem. No último ano do ensino médio,  aqueles dois já estavam no início do colegial, e quando dei por mim, no terceiro ano de faculdade, Kokonoi pediu Akane em namoro.

E ela aceitou.

No livro de capa verde esmeralda, no final da segunda prateleira, havia uma página marcada com uma foto…era a foto que eu tirei de Kokonoi, tanto ele quanto Seishu são dos Black dragons e quando me dei conta, Kokonoi estava se tornando noivo de Akane.

E hoje seria o jantar de noivado.

Me olhei em frente ao espelho mais uma vez, vendo o vestido escolhido daquela noite, uma pena…que as intenções de Akane não sejam tão puras como parece….Akane já traiu o Kokonoi mais vezes do que eu pude contar, mas Seishu e eu prometemos não contar nada, não queríamos nos envolver nos assuntos deles.

— Saya! — Akane entrou no quarto com um sorriso genuinamente falso. — Posso falar com você?

— Já está falando! — continuei a me olhar no espelho

— Bom! Eu gostaria de pedir que não se arrumasse tanto. Alguém dessa família precisa nos tirar da pobreza e olha só, sou eu — Ela sorriu — Então por favor não estrague tudo.

— Não sei como ele não percebeu, que você só está com ele pelo dinheiro — murmurei terminando o delineado e akane me puxou dando um tapa em meu rosto.

— Acha que eu me submeteria a ficar com uma criança ainda? — Akane sussurroub— Kokonoi é apenas um objeto, e ele não se importa de ser tratado assim.

— Akane! — Seishu entrou no quarto fazendo nossa irmã fingir tristeza — comporta-se.

Mesmo sendo o mais novo, Seishu ainda era um homem e resolvia os assuntos da casa na ausência de nossos pais, e digamos que em uma família conservadora….o homem sempre tem razão, mas dessa vez Seishu tinha um apresso maior por mim.

Akane se virou enfurecida para ir embora, e Seishu se aproximou, sua aparência fria e distância se tornou calorosa e gentil. Ele acariciou minha bochecha com ternura.

— Ignore ela — ele murmurou — Akane sabe, que no fundo você sempre vai ter oque ela não teve.

— e o que seria? — Sorrio

— A força de Artemis — Ele sussurrou — Filha da lua, deusa da caça.

Acabei sorrindo, e então Seishu estendeu sua mão.

— Então você seria o meu Apolo? — murmurei

—  podemos dizer que sim — ele sorriu.

Descemos para o jantar, e Akane correu para abrir a porta, mostrando Kokonoi.

O hajime estava em uma roupa social preta, incluindo apenas calça e blusa, alguns botões estavam abertos no colarinho, mostrando uma pequena corrente. Kokonoi entrou e passou seu olhar sobre os presentes, nossos pais, Seishu e eu.

Mas ele estava com presentes. Entregando o de Akane primeiro e beijando-a em seus lábios. Depois ele presenteou nossos pais, e em seguida Seishu me deixando por último.

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