Rainha das Maldições

A Floresta das Sombras pt. 2

A atmosfera na Floresta das Sombras estava tensa, envolta em uma densa névoa negra que parecia sugar qualquer resquício de luz. Sob a minha liderança, nós avançávamos mais para o centro da floresta, de forma cautelosa e ágil. O conflito entre mim e Gojo ainda ecoava entre nós, mas diante do perigo iminente, precisávamos nos concentrar no objetivo em comum: eliminar as maldições que infestavam aquele lugar sombrio.

ꟷ Vocês dois, separem-se! Eu permanecerei no centro da floresta! Quando terminarem, nós entramos neste mesmo lugar. ꟷ De forma compreensiva e sem haver mais nenhum tipo de discordância, eles concordaram e se separaram imediatamente. Enquanto Geto e Gojo se afastaram para caçar as maldições, eu permaneci no centro da floresta, deixando minha mente alerta para qualquer movimento suspeito.

Atentamente, ouvindo gritos, risadas, grunhidos e outros sons sombrios, sentia atentamente que as maldições estavam se aproximando rapidamente de mim. Eu podia ouvir o som das gramas altas sendo balançadas, como se eles estivessem correndo para me alcançar. Acredito que estejam sendo atraídos devido ao meu vínculo com o Sukuna, eu nunca havia sentido uma conexão tão forte com as maldições iguais a antes.

Eu estava perplexa com aquela situação. Não demorou muito para que eu me visse cercada por um número impressionante de maldições. Elas se aglomeravam ao meu redor, suas vozes ecoando em minha mente, proclamando-me como sua rainha? As maldições faziam um círculo em minha volta, entretanto não me tocavam. Eram diferentes umas das outras, mas desejam algo em comum, o que eu não conseguia compreender. Eu preciso agir rapidamente antes que seja tarde demais.

Com apenas um único pensamento que tive por um instante, a minha raiva aumentava cada vez que eu enxergava bem à minha frente. As maldições com maior raciocínio eram como sombras vivas, dotadas de uma malícia e astúcia que ultrapassam as simples criaturas do mal. Elas se manifestam com formas mais definidas, seus contornos sinistros parecem quase humanos. Seus olhos brilham com uma inteligência inquietante, observando atentamente cada movimento ao redor.

Ao contrário das maldições mais simples, que agem puramente por instinto e desejo de destruição, as outras maldições demonstravam um raciocínio lógico e estratégico. Elas eram capazes de formular planos elaborados, coordenando ataques em grupo e explorando as fraquezas dos humanos. Seus ataques eram precisos e calculados, visando não apenas em causar dano físico, mas também minar a confiança e a determinação de seus adversários.

ꟷ SUA HUMANA IMUNDA! VOCÊ PAGARÁ PELO QUE FIZESTE COM O REI SUKUNA! NÃO PERMITIREMOS QUE VOCÊ VIVA, SUA RATA IMUNDA! ꟷ Enquanto me via cercada pelas maldições, minha expressão estava obviamente endurecida enquanto avaliava meus adversários. Eu não era conhecida por minha gentileza. A minha determinação e força eram as minhas armas mais poderosas. Com um movimento rápido, preparei-me para o confronto iminente.

ꟷ Suas aberrações! Vocês não fazem ideia com quem estão lidando! ꟷ Em forma para provocá-los, abri um sorriso lateral os encarando de forma sarcástica. As maldições avançaram, confiantes em sua superioridade. Mas eu não hesitei. Com um movimento ágil, lancei-me para a batalha, meus punhos voavam em uma dança mortal. Cada golpe era calculado, cada movimento preciso e mortal.

As maldições tentaram contra-atacar, mas eu era mais rápida demais, minha agilidade e força superiores prevalecem sobre os meus oponentes. Eu os enfrentei com brutalidade, com socos e chutes, atingindo-os com uma força devastadora. Apesar da astúcia das maldições, era impossível para elas levarem um golpe. Minha resistência era inigualável, meu corpo resistia aos ataques com uma força sobre-humana. Eu os superava com pura determinação e habilidade, cada golpe que eu desferia deixava um rastro de destruição em meu caminho.

A batalha foi feroz e implacável, mas no final, eu quem emergiu a vitória. As maldições foram derrotadas, dissipando-se em névoa escura enquanto permanecia de pé. Assim que olhei ao meu redor, me deparei com as maldições mais simples, que me idolatravam, e me adoravam como sua rainha.

Naquele momento, eu soube o que tinha que fazer. Eu sabia que era minha responsabilidade trazer paz até mesmo para essas maldições, libertando suas almas do sofrimento eterno. Com uma determinação renovada, concentrei o poder dentro de mim, convocando pela primeira vez a Luz da Eternidade.

A expansão de domínio "Luz da Eternidade", criada por S/n durante seu treinamento com Sukuna, é uma técnica inédita e poderosa, com implicações profundas. Esta expansão é única, pois sua ativação está intrinsecamente ligada à vida de S/n, envolvendo uma troca substancial. A "Luz da Eternidade" simboliza o conceito dual do Yin e Yang, representando dois aspectos opostos em determinadas situações.

S/n nunca havia usado essa expansão de domínio antes, o que adiciona uma camada de incerteza e desafio à sua jornada. O lado branco desta expansão, simbolizando a paz, confere a S/n o poder de purificar indivíduos atormentados ou libertar almas humanas. Por outro lado, o lado negro, representando o mal, concede a S/n o poder de erradicar completamente a existência da criatura ou pessoa em questão.

Devido à sua excepcional potência e raridade, o uso da "Luz da Eternidade" impõe um custo significativo: a vida de S/n. A natureza do preço varia conforme a situação enfrentada; em algumas circunstâncias, S/n sofrerá danos severos, tanto físico quanto emocional, deixando-a completamente incapacitada. Esta troca sacrificial torna o uso da expansão uma decisão extremamente ponderada e potencialmente devastadora para S/n.

A energia irradiava de mim, dividida entre o branco e o negro, a dualidade do Yin e Yang. Com um gesto, invoquei o lado branco da expansão, envolvendo as maldições com uma aura de serenidade e purificação. Uma a uma, suas formas sombrias se transformaram em luz, acendendo em direção ao céu como almas libertadas.

Então, voltei-me para o lado negro da Luz da Eternidade, sabendo que a erradicação completa era o único caminho para libertar essas maldições de seu fardo. Com um suspiro pesado, concentrei-me no poder sombrio, e com um movimento decidido, apaguei suas existências da realidade.

No entanto, assim que a última maldição desapareceu, as consequências do uso da expansão começaram a se manifestar imediatamente. Uma dor lancinante rasgou meu corpo, como se cada célula estivesse sendo esmagada sob um peso insuportável. Minhas pernas vacilaram, mal me sustentando, enquanto tontura e fraqueza invadiam minha mente.

O preço foi alto, senti minha própria essência enfraquecer com o esforço, mas olhei para o céu, vendo as almas das maldições ascendendo em paz. Era um sacrifício que valia a pena. Eu sabia que, mesmo que isso significasse meu próprio fim, tinha feito o que era necessário para trazer paz àqueles que uma vez foram atormentados. E assim, com a Luz da Eternidade, eu me tornei não apenas uma combatente, mas também uma guardiã das almas perdidas, mesmo que minha própria energia estivesse se esvaindo rapidamente.

De repente, através da névoa que se formava em minha visão, percebi a figura de alguém se aproximando. Era o Gojo. Apesar de nossas diferenças, ele não pôde ignorar a luz intensa que emanava da minha técnica. Seus passos foram rápidos, seu rosto preocupado, mas ainda havia uma tensão evidente em sua expressão.

― S/n, o que você fez? ― Sua voz cortou o ar, misturando-se com o zumbido em meus ouvidos. Ele segurou meu braço, mas o gesto era mais por instinto do que por amizade. De repente, senti Gojo me segurando no colo antes que eu desabasse no chão. A relutância em seu gesto era clara, mesmo assim ele me segurou com firmeza, impedindo-me de cair completamente no abismo do desmaio. Era um gesto de cuidado que contrastava com nossa habitual tensão, e por um instante, eu me permiti sentir uma sensação de conforto em seus braços antes que a escuridão do desmaio me envolvesse completamente.