Os calouros

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No decorrer dos dias, eu acabei por conhecer outros alunos da escola. Não foi de impressionar que tiveram a mesma reação que os outros, autodefesa e medo de mim. Entretanto, demonstraram empatia por mim, o que eu realmente não esperava. A Shoko, MeiMei e Utahime me obrigaram a me enturmar mais com elas, apesar de serem diferentes uma das outras, elas demonstraram muita gentileza comigo. Acredito que existam muitas coisas na qual eu precisarei aprender novamente, principalmente como acabar com essa frieza que desenvolvi devido ao Sukuna.

Temporariamente, o diretor Yaga havia me orientado para passar a observar o treinamento dos outros alunos da escola, devido à diferença de habilidades e aprendizados, acredita-se que seja alguma forma de aprender e desenvolver alguma habilidade nova ou experiência, ou pelo simples motivo de ter medo que eu acabe matando algum dos alunos dele. Eu não achei uma péssima ideia de apenas sentar no banco e observar os outros, porém a cada treinamento eu percebia que aquilo só poderia ser algum tipo de “brincadeira” para eles, talvez isso explique as expressões de decepção do diretor Yaga. E pensar que eu tenho que conviver diariamente com esse tipo de adolescente.

— Garota, você ficou presa em outro mundo ou em um caixão? Você está com cara de morta mais do que a Shoko, com todo respeito. — Neste exato momento, MeiMei dizia de forma bem crítica sobre a minha aparência. Admito que eu esteja com uma aparência totalmente desprezível.

—  MeiMei! Como você pôde ser tão indelicada? Ela está longe de parecer como a Shoko. —  Ao contrário da MeiMei que me criticava, Utahime me defendia sem exitar em nenhum momento. 

—  Vocês não têm um pingo de consideração pela minha pessoa! S/n, faça alguma coisa, pela sua amiga querida. —  Inesperadamente, Shoko abraçou-me por trás, enquanto afundava seu rosto em minhas costas. Eu não estou acostumada com tanta aproximação e conversa com as pessoas, eu me sentia um pouco desconfortável quando elas faziam isso.

— Por favor, garotas! Não precisam brigar. Talvez a MeiMei tenha razão, eu preciso melhorar um pouco mais a minha aparência. Eu ficarei grata se vocês puderem me ajudar com isso. —  Acredito que eram as palavras certas a serem ditas para elas. Com algumas palavras, pude ver os olhos de cada uma delas brilharem de forma radiante, como se tivessem aprovado totalmente a minha sugestão. 

— GAROTOS! PAREM DE BRINCADEIRA! ISSO É UM TREINAMENTO! —  Não muito distante de onde estávamos, o diretor Yaga estava furioso com os garotos, pois em vez de estarem treinando, estavam “brincando” de socarem reciprocamente. Por enquanto eu apenas ficava observando o treinamento dos demais alunos, as garotas tinham permissão do diretor de ficarem sentadas ao meu lado para me fazerem companhia. Entretanto, o diretor Yaga expressava estar por um fio com os garotos. 

— O diretor vai deixá-los sem missões por mais um mês se continuarem a agir como idiotas. — Shoko comentou, enquanto observamos a “brincadeira” dos garotos. 

— S/n, venha aqui! — Inesperadamente, o diretor Yaga chamou-me. Sem deixá-lo aguardando, levantei-me do banco e caminhei em sua direção. — Geto! Pare de brincar com o Satoru e venha aqui! — Suguro Geto, um dos outros calouros que conheci com o tempo. Diariamente estava acompanhado pelo cabeça de palha. Julgando-o pelas poucas vezes em que o observei, era um calouro mais sério e responsável com suas missões, quando estava sendo contagiado pela idiotice do outro. Após o diretor chamá-lo, imediatamente ele deixou o que estava fazendo e caminhou em nossa direção. Enquanto Suguru se aproximava, senti uma onda de energia sinistra emanando dele. Seus olhos escuros me estudavam com intensidade, enquanto eu me preparava para o confronto iminente. Sabia que essa não seria uma luta fácil, considerando especialmente os poderes que compartilhávamos.

— Vamos ver o que você aprendeu com o Sukuna durante esses anos, senhorita S/n. — Ele disse com a sua voz fria e calculista. Assenti com seriedade, pronta para provar que era mais do que apenas uma novata. 

Enquanto a luta se desenrolava, percebi que Suguru estava usando seus poderes para tentar ganhar vantagem sobre mim

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Enquanto a luta se desenrolava, percebi que Suguru estava usando seus poderes para tentar ganhar vantagem sobre mim. Sua manipulação sutil do ambiente ao nosso redor tornava cada movimento mais desafiador, mas também aumentava minha determinação em derrotá-lo.

À medida que a luta se intensificava, eu também começava a acessar mais plenamente os poderes que compartilhava com Sukuna. A energia pulsava dentro de mim, tornando-me mais forte e mais ágil a cada golpe desferido. Com um movimento rápido, desviei de um ataque de Suguru e contra-ataquei com ferocidade. Cada golpe era impulsionado pela minha determinação de superar esse desafio, de provar que era tão capaz quanto ele.

Suguru, por sua vez, também não estava disposto a recuar facilmente. Seus poderes sombrios envolviam-nos em uma dança perigosa, cada um de nós tentando ganhar vantagem sobre o outro.

No calor da batalha, eu sentia uma euforia crescente. Estava lutando contra alguém que compartilhava uma ligação semelhante com o mesmo poder obscuro. Era uma sensação de poder e liberdade que eu nunca experimentara antes. À medida que a luta chegava ao seu clímax, dei tudo de mim, canalizando toda a minha energia e determinação em um último golpe. Com um movimento poderoso, consegui derrubar Suguru, deixando-o no chão, ofegante e derrotado.

E então, algo surpreendente aconteceu. Uma gargalhada escapou de meus lábios, uma risada alegre e contagiante que ecoou pelo campo de treinamento. Era a primeira vez que eu ria assim, livre de qualquer restrição, uma libertação de anos de seriedade e controle.

Suguru olhou para mim com surpresa, seus olhos escuros piscando diante da minha reação inesperada. Para a minha surpresa, um sorriso leve curvou seus lábios, reconhecendo o momento de triunfo e alegria que compartilhávamos. 

— Você é formidável, S/n! — Ele admitiu, sua voz carregada de respeito. — Estou ansioso para a próxima vez que nos enfrentarmos. — Assenti em resposta, sabendo que nossa rivalidade estava longe de terminar. Aquela luta tinha sido apenas o começo de uma jornada que nos levaria a explorar e aprimorar nossos poderes de formas que nem imaginávamos.

O silêncio se instalava após minha risada, pude sentir os olhares surpresos e impressionados dos outros calouros ao redor. O diretor Yaga observava a cena com uma expressão mista de choque e admiração. Parecia que até mesmo ele subestimou minhas habilidades.

Os outros calouros murmuravam entre si, alguns expressando incredulidade diante do que acabara de testemunhar. Eles também tinham subestimado minha força, presumindo que minha conexão com Sukuna me tornaria uma ameaça descontrolada. Enquanto isso, meu olhar encontrou o de Satoru. Ele observava a cena com uma expressão neutra, como se estivesse avaliando minha habilidade com interesse genuíno. 

Eu sabia que era mais forte do que Satoru, mesmo que ele fosse considerado um dos prodígios da escola. Decidi ignorar qualquer olhar ou comentário que ele pudesse fazer. Ele não entenderia a luta interna que eu tratava todos os dias para controlar os poderes sombrios que habitavam dentro de mim.

Enquanto os murmúrios ao meu redor continuavam, eu me recolhi em meu próprio mundo, absorvendo a sensação de vitória e liberdade que a luta me proporcionou. Sabia que ainda tinha muito a aprender e aperfeiçoar, mas naquele momento, eu me senti mais forte e mais confiante do que nunca. O diretor Yaga quebrou finalmente o silêncio, sua voz ecoando pelo campo de treinamento.

— Impressionante, S/n! — Ele disse, dirigindo-se a mim com um olhar de respeito. — Você mostrou grande habilidade e determinação nesta luta. Estou ansioso para ver como você irá continuar a crescer e se desenvolver como feiticeira. — Agradeci ao diretor pelo seu reconhecimento. Sabia que ainda tinha muito trabalho pela frente, mas estava determinada a enfrentar qualquer desafio que viesse pela frente.

Rainha das MaldiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora