Quando se tem tudo o que deseja a vida passa a perder a graça. Mas claro que só até achar algo ou alguém pela qual valha a pena lutar para conquistar. Mas quando não se tem tudo é difícil acreditar que exista algo ou alguém que lute por você.
"Eu da...
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"Texturas aveludadas são elegantes e confortáveis, enquanto o carmesim é a cor da paixão e do poder."
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Mais uma noite de verão cobria as largas ruas da grande cidade de São Paulo. Um pequeno grupo de jovens adultos se reunia em um famoso bar da cidade para beber e jogar conversa fora como de costume.
- Eu sinceramente não acredito que você está pensando em beber suco. Estamos em um bar, Isadora. - Um homem loiro, alto, com olhos azuis-marinhos, comentava indignado enquanto gesticulava em direção a uma mulher de pele escura e cabelos platinados.
- E daí? Me desculpe, mas eu não estou nem um pouco afim de me embebedar hoje, Davi. - Respondeu a mulher para quem o loiro dirigia a sua indignação.
Havia mais três garotas na mesa, mas elas conversavam entre si, não dando a mínima para a pequena discussão ao lado. Falavam animadamente sobre marcas, na quais gostavam e quais achavam bregas. A conversa parecia realmente muito mais interessante do que a discussão sobre qual bebida pedir.
O bar em si era um lugar até bem silencioso, para um bar. Era um local com uma estética vintage, luzes fracas e uma trilha de jazz tocando ao fundo. O grupo estava distribuído em um grande sofá de estofado avermelhado, com uma mesinha de madeira ao centro. Apesar do grupo não estar ali há muito tempo, na mesa já havia uma garrafa de vinho tinto pela metade e uma taça com o mesmo vinho também pela metade.
O cara loiro, e único homem entre as quatro mulheres, era Davi, guitarrista de uma banda famosa da região. Ele estava sentado ao lado de uma mulher baixa, de pele negra e tranças caramelo, com os dedos entrelaçados aos dele. Essa era Lívia Herrera, uma pintora de nome conhecido, namorada de Davi e melhor amiga de Isadora desde que eram crianças.
Isadora, por sua vez, era a mulher com quem Davi discutia sobre suco. A moça tinha um rosto marcante e olhos mais marcantes ainda, que mesmo na luz era difícil distinguir se eram pretos ou apenas um tom extremamente escuro de castanho. Mas o maior destaque era, sem dúvida, o cabelo liso platinado, que brilhava mesmo sob a pouca luz do local.
Isadora era a mais bem-sucedida daquela mesa, mas não a única. Ao seu lado, de forma confortável, com os cotovelos apoiados sobre a mesa, uma garota de pele claríssima e olhos tão escuros quanto os próprios cabelos discutia sobre alguma marca de luxo com Lívia. A mulher tinha uma franja acima das sobrancelhas finas, e o cabelo liso passava dos ombros. Também havia vários piercings prateados espalhados pelo rosto fino e por ambas as orelhas. Pela mão direita, que segurava um copo de uísque, dava para notar as tatuagens que escapavam da manga da blusa de gola alta. Os desenhos começavam no comprimento dos dedos e continuavam até um ponto que não dava para ver justamente por causa das mangas longas. Larissa Brandão, dona de uma multinacional milionária herdada dos pais falecidos.
Ao lado de Larissa estava uma garota ruiva, Ana Clara, a mais nova do grupo, com apenas 19 anos. Ela também tinha vários piercings na orelha, como Larissa, mas apenas em uma delas. A ruiva também tinha um piercing prata no septo, com duas pequenas estrelas substituindo as bolinhas. As estrelas do piercing combinavam perfeitamente com as presilhas do cabelo ondulado. Três exatas estrelas: uma rosa, uma roxa no meio e, no fim do trio, uma azul, formando um arco acima da orelha.
