Allany Sano
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hoje em dia.Ah sim, completei 15 aninhos, e meu presente mais marcante, foi o acidente.
Minha mãe está mortinha da Silva, que novidade né? Ela me deixou aqui, nesse fim de mundo sozinha.
— Que caralho mãe, nem um enterro digno eu não consegui fazer para você. Você deveria ter amigos de verdade, pelo menos que viessem ao seu enterro. - falei com ela, que descansava dentro do caixão, ou pelo menos tentava.
— O que ela era sua? - uma voz masculina ecoa pelo meus ouvidos
Olhei surpresa para trás e tentei me afastar, mas eu estava muito próxima ao caixão
— Minha mãe. Quem é você? - perguntei fazendo cara séria
— Sou Ran. Ran Haitani, senhorita. - Ele fala suave, dando um espaço para mim
Me afastei do caixão e dele.
— Pensei que fosse a Wandinha. - tampei a boca assim que notei o que eu falei.
— Parece né? - ele foi sarcástico - Qual é o seu nome?
— Alanny. - fui seca - Cara, você conhece minha mãe por algum acaso?
— Não, eu e meu irmão estávamos passeando e vimos o portão aberto, estava vazio, só você aqui. Resolvi entrar e ver quem é o morto. - ele fala de uma forma tão desagradável
— Pode ir embora então, já que você viu quem era o morto.
Ele sorri de uma forma cínica.
Enquanto eu falei com ele, notei que ele falou do irmão, agora a pergunta ao espectador:
Cadê o irmão dele?
Resposta: atrás de mim! EeehNa hora que fui olhar para trás, o irmão de Ran me agarrou pelo pescoço, fazendo um mata-leão.
— Me solta calaio - me debati
— Que fofa, ela tem linguinha presa! - Ran falou, me deu um ódio dele nesse momento.
Fiz força contra os braços do moço, e ele não me aguentou, então consegui me soltar. Indo um pouco mais longe deles
— Porra, cê é foda Ran, a guria é mais forte que você. - falou o quatro zóio, indignado com o irmão
— O que vocês querem comigo? - perguntei calma, me queimando de ódio por dentro
— Não interessa. - Fala o cara de cabelo mais curto
Em menos de um segundo, os dois vieram para cima de mim, de uma só vez.
Tremi de medo, mas por impulso, chutei a cara do quatro olho, e em seguida a cara do Ran.
Espectador, eu luto capoeira, isso é o básico para um que tem a corda colorida, assim como eu.
Eu não sabia o que fazer, se eu apanhava, se eu batia, se eu corria, ou se eu pedisse para eles parar. Eu não iria deixar minha mãe ali, nem fudendo. Então já descarta a opção de sair correndo. Os caras já estão em pé novamente, então eu sei que apanhar eu vou. Lutar? Vou ver o quanto eu aguento.