Capítulo 3.

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Anahí.

Ódio. Alfonso não podia ter falado assim comigo.

Eu sei que foi apenas um desejo meu, mas ainda sim mereço respeito.

- Filha. - Dormi tanto que nem vi minha mãe chegar.

- Oi. - Arrumo meu cabelo.

- Como foi? E o Alfonso, ele te tratou bem?

- Ah, foi normal. - Respondi.

- Tudo bem, então. - Sorriu.

Esperei ela sair do quarto e fui tomar um banho. Que raiva.

Estou me sentindo atraída pelo Alfonso. Não posso negar isso.

- Ele não deveria falar assim com você, foi errado. Só que é preciso entender o lado dele também, não é fácil, vocês estão traindo a sua mãe, e a confiança dela. O que é pior. - Dulce disse.

- Sabe que o pior disso tudo é que tenho desejos por ele. Droga.

- Vai continuar tentando?

- Vou. Ele vai ver quem é a Anahí de verdade.

- Aí, eu tenho medo. Não sei.

- Deixa de ser medrosa, Dulce. Tudo vai dar certo.

- Duas Semanas Depois -

- Está ficando maluca? - Alfonso me puxou para ele.

- Me solta, eu tenho o direito de sair com quem eu quiser. - Respondi.

- Ok... Ok. - Me soltou e voltou para a sala.

Não trocamos mais palavras, mas ainda sim me pego pensando nele. Na nossa noite maravilhosa, tirando nosso pequeno desentendimento.

Vou sair com Rodrigo, um antigo amigo meu.

- Filha, Rodrigo está na sala te esperando. - Escuto minha mãe falar.

- Já estou indo. - Vou em direção da sala.

Alfonso não está com uma cara boa, isso é perfeito. Assim ele aprende.

- Rodrigo. - Pulei em seus braços.

- Annie. - Beijou minha testa.

Olhei para Alfonso e sua cara não era nada boa. Enquanto que minha mãe está sorrindo, feliz com a cena.

- Rodrigo, este aqui é Alfonso, meu padrasto. - Falei para provocar.

- Ah, claro. Prazer, Alfonso. - Rodrigo estendeu sua mão.

Alfonso pegou na mão de Rodrigo e deu um pequeno sorriso.

[...]

Não foi ruim o jantar com Rodrigo. Rolou alguns beijos, mas nada comparado aos beijos do Alfonso. Nada.

- Fez aquilo para me provocar, né? - Alfonso falou.

- Eu? O que eu fiz? - Sorri com deboche.

- Não se faça de burra, Anahí.

- Não estou me fazendo de burra, só estou falando a verdade. Nem tem motivos para estar assim, afinal, você não é namorado da minha mãe. Então, precisa reagir assim com ela e não comigo. Já que eu sou apenas uma garota, né.

- Não quis lhe ofender, só estava nervoso. Fui para cama com você, isso é um erro.

- Erro? Por que?

- Sua mãe não merece isso, ela está tão feliz, ainda acha que tenho você como filha. Você é uma garota linda e nova, merece alguém da sua idade e que te ame.

Porra.

- Se você não é a pessoa certa para mim, eu vou arrumar outro homem, vou ser amada por ele, vou desejar e gritar seu nome, pedindo para me foder bastante, vou me deitar com ele e ter ótimos sonhos.

Ele tentou falar, mas não saiu nada.

- É o certo, né? - Perguntei.

- Desgraça, está me provocando. Nenhum homem vai te foder como eu, nenhum. Escute bem, só eu posso.

- Mas foi você que disse que não serve para mim, só vou seguir suas palavras.

- Anahí. - Falou e veio me beijando.

- Você me deseja, eu sei disso. - Encostei minha cabeça em seu peito.

Ficamos nos beijando mais e depois subi pro quarto.

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