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Braços fortes rodearam Childe quando ele ameaçou cair de joelhos, no canto de seus olhos pequenas lagrimas brotaram enquanto seu corpo tremia com uma tosse que lhe doía o peito e a garganta

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Braços fortes rodearam Childe quando ele ameaçou cair de joelhos, no canto de seus olhos pequenas lagrimas brotaram enquanto seu corpo tremia com uma tosse que lhe doía o peito e a garganta. A sensação de que água entrou em seus pulmões era agonizante, mas ele tentou se manter calmo já que foi avisado que era apenas um efeito, e realmente, apesar do incomodo, não havia água em sua boca.

— É estranho apenas a primeira vez — A voz baixa em seu ouvido ajudou em sua recuperação, o toque gentil em seu corpo — Por mais que eu deseje que não precise te trazer aqui novamente.

— Obrigado — Childe devolveu, mas antes que pudesse abraçar de volta, o duque se afastou.

A brisa salgada do mar primordial acariciava o ar enquanto as ondas dançavam sob a luz arroxeada. Childe, Neuvillette e Wriothesley estavam no centro do que parecia uma bolha de ar envolta de um líquido que brilhava entre tons roxos, rosas e azuis. Observando o horizonte, o ruivo viu a da água começar a se agitar, revelando a majestosa presença do narval, o comedor de mundos, a imponente criatura que desafiava até mesmo os arcontes. Se aproximando.

— Apesar de se alimentar do mar, ela não pode viver nele, então criou esses espaços de ar para ficar — Neuvillette explicou.

Childe arregalou os olhos, surpreso com a visão colossal diante deles. Neuvillette, sempre silencioso, manteve seu olhar fixo no oceano, como se já estivesse ciente da iminência do fenômeno antes de vê-lo. Wriothesley, por outro lado, permaneceu inabalável, sua expressão firme enquanto dava alguns passos à frente.

— Como eu disse, vou mantê-la para que conversem até que Ajax esteja pronto — O moreno sorriu por sob o ombro, uma forte luz azul o cobrindo por apenas um segundo.

Então, uma mudança começou a ocorrer em Wriothesley. Uma aura sombria começou a envolvê-lo, como se a própria escuridão estivesse se manifestando ao seu redor. Seus olhos, antes serenos e afiados como prata, tornaram-se rubros, irradiando uma intensidade que capturava a atenção de Childe muito acima da besta que se aproximava. O cabelo do duque cresceu até a altura dos ombros, assumindo um tom negro tão profundo quanto o abismo do qual ele estava prestes a invocar poder.

Os caninos de Wriothesley alongaram-se, projetando uma aparência selvagem, enquanto sua pele adquiria uma translucidez etérea. Uma armadura de energia abissal, absorvendo a luz ao seu redor, envolvia seu corpo, emitindo um brilho sinistro e sobrenatural. Era como se ele estivesse canalizando o próprio abismo, trazendo à tona uma força que ultrapassava os limites de Teyvat.

Além disso, características lupinas começaram a se manifestar. Garras monstruosas surgiram de suas mãos, e uma cauda feita de pura energia ondulava atrás dele. A altura de Wriothesley aumentou, elevando-se de seus 194 cm para uma estatura imponente de 210 cm. O duque estava em transformação, adotando uma forma que beirava o sobrenatural.

Childe e Neuvillette observavam com fascinação e, ao mesmo tempo, com uma ponta de temor. Neuvillette por saber que apesar de nenhuma mudança na postura confiante, aquele acréscimo em seu tamanho era doloroso para o duque. Childe, por outro lado, estava temeroso porque reconhecia aquilo. Poder abissal, o mesmo que ele mesmo possuía após cair no abismo aos quatorze anos. Como outra pessoa em Teyvat possuía tal coisa?

Aguas no AbismoOnde histórias criam vida. Descubra agora