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No interior da Fortaleza Meropide, nas entranhas dos canos que ecoam o murmúrio constante da água, Childe esperava por Lyney

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No interior da Fortaleza Meropide, nas entranhas dos canos que ecoam o murmúrio constante da água, Childe esperava por Lyney. O decimo primeiro sabia que o outro estava imerso em sua missão, mas havia algo pesando em sua mente e ele precisava de algumas respostas que o loiro poderia ajudar. Um refúgio momentâneo para compartilhar pensamentos e entender as complexidades de seu coração.

Childe escutou os passos se aproximando, únicos, sabendo que Lynette ficaria de guarda próximo à entrada e deixaria para seu irmão a conversa com seu amigo. O mais novo parou ao lado do mensageiro, olhando para os canos gotejantes e a escada que se erguia acima deles.

— Não há nada demais, já explorei essa parte — Lyney contou não sabendo os planos de Childe, a mente do superior sempre foi um mistério para ele.

— Sabe, Lyney, sempre fiquei intrigado com essas construções. Como se fossem veias de uma cidade.

— Que poético vindo de você, Childe. Acha mesmo que uma cidade pode ter veias? — Lyney sorriu e Tartaglia encolheu os ombros.

— Não sei, às vezes me pego pensando nessas coisas. Mas deixe isso para lá. Estou curioso sobre algo.

— Sobre o quê? — O loiro arqueou a sobrancelha, pensando que seria outra pergunta sobre o duque.

— Sobre o amor, Lyney. Como você sabe que está amando alguém? Como foi que se apaixonou por Lumine?

— Amor... é algo que você sente, Childe. Não há uma lista de verificação ou um guia para isso — Lyney olhou para a água escorrendo de um dos canos.

— Então, não existe uma forma certa de saber?

— Não exatamente. Acontece. Às vezes, é como se você encontrasse alguém e, de repente, não consegue imaginar sua vida sem ela. É um sentimento que cresce.

— Cresce, huh? Mas e sobre a Lumine? Como foi que se apaixonou por ela?

— Lumine é incrível. Desde o momento em que a conheci em Mondstadt, algo nela me atraiu — O magico sorriu ao lembrar da amada — Era como se sua luz fosse irresistível. E à medida que passávamos mais tempo juntos, esse sentimento crescia. Não foi um evento específico, mas sim uma série de momentos que nos aproximaram.

— E como ela sabe que te ama? — Lyney riu.

— Bem, ela diz que é porque meu coração reflete a luz dela. E acho que é verdade. Amor é isso, não é? Encontrar alguém cuja luz combina perfeitamente com a sua.

— Bonito, Lyney. Bonito mesmo. Mas e a distância? Não te incomoda? — O mais novo suspirou.

— Não nego que a distância é difícil. Lumine e eu enfrentamos muitos desafios, mas sempre soubemos que nossa ligação era forte. Usamos o tempo separados para crescermos individualmente, e quando nos encontramos, essa saudade só intensifica nosso amor.

Aguas no AbismoOnde histórias criam vida. Descubra agora