Lugar Comum

8 2 5
                                    

Tudo que era visível eram os corpos de pessoas queridas caídos ao chão, e duas pessoas se encarando, uma delas estava com um rosto de desespero.

- Entende agora? Sua existência é a pura destruição, quem irá fazer esse mundo atingir a próxima etapa. Essas mortes serão o primeiro passo, você está prestes a seguir um caminho de solidão. - Um sorriso aparece no rosto de uma das figuras, enquanto a outra ainda encara profundamente um dos corpos caídos enquanto seu olhar lentamente torna-se vazio.

- Por favor, não... não me deixem aqui. A culpa é minha! - As lágrimas começaram a cair em meio a uma feição triste- Não é dela! - A expressão muda para raiva. - Mas eu... Não! Se ela não estivesse aqui nada disso teria acontecido! - Duas percepções estão conflitando, a fúria e a culpa, a mente está a beira de um colapso. - Por favor, pessoal, não me deixem aqui... - As lágrimas se intensificam, e o misto de emoções cessa, mudando para uma expressão vazia. - Sem vocês, viver não tem sentido ... se a solidão é meu destino... melhor deixar tudo desaparecer. - A paisagem ao redor aos poucos se deteriora e um sorriso cínico surge no rosto da outra pessoa. - Você vai ser a primeira a morrer...! - O nome da pessoa a quem a voz repleta de ódio está direcionada apenas ficou inaudível.

Tudo ao redor estava a morrer, e animais fugiam do local, a destruição estava a caminho. Um confronto sem precedentes estava prestes a ter seu início, suas consequências seriam irreversíveis. Mas as raízes dessa batalha remontam de meses atrás, em outro mundo chamado "Terra", os envolvidos iriam experienciar situações que mudariam suas vidas para sempre.

O som de um despertador ressoa e um jovem de longos cabelos brancos e olhos vermelhos abre os olhos lentamente, ele colocou a mão no rosto e esfregou um pouco os olhos, buscando despertar.

- Mais um dia tranquilo. O céu está limpo, mas parece frio hoje. - Ele se levanta da cama e começa a se alongar para iniciar o dia.

Após terminar os alongamentos dinâmicos, ele se direciona para o banheiro e se olha no espelho, seu rosto pouco expressivo e aparência bela sempre atraía olhares por onde passasse, o nome desse homem é Sanzashi Akame.

- Já faz 7 anos desde que saímos dali, não é? Graças à gentileza da síndica, pudemos ficar aqui com meu trabalho de "host". - Ele começa a tirar as roupas para entrar sob o chuveiro, cada gota da água lavava o corpo bem definido do homem de cabelos brancos, muitos associariam essa visão a uma pintura.

Ao completar seu banho, Sanzashi veste um terno cinzento com uma gravata vermelha, sai de seu quarto e se direciona para a cozinha do minúsculo apartamento onde ele mora para cozinhar o café da manhã, o qual consistia de arroz branco, sopa de missô e peixe grelhado. Duas porções foram feitas, as quais fizeram ele suspirar.

- Mesmo com esse cheiro, você não acordou?- Ao direcionar-se para outra porta, ele a encara por alguns segundos e logo começa a bater nela.

- Kamui, acorda. Você tem seu trabalho de meio período daqui a pouco. - Não recebe nenhuma resposta de dentro do quarto, além de um murmúrio dizendo "Só mais 5 minutos".

- A Nanaki vai vir te encontrar logo, levanta.- Ainda nenhuma resposta, o que o faz respirar e usar o seu último recurso. - Vai perder o café da manhã...

Ao mencionar essa frase, a porta é aberta de forma repentina e dela sai um rapaz de cabelos brancos bagunçados e com uma longa franja cobrindo o olho esquerdo, seu olho visível de cor vermelha indica uma expressão de indignação.

- Puxa, mano. Não vai fazer essa sacanagem comigo não, né? Eu só estive cansado de ontem, não precisa desse exagero!

- Eu estava blefando. Tentei te acordar de muitas formas, ameaçar te deixar sem café da manhã foi a forma que sobrou. - Afirmou enquanto cruzava os braços, em completa descrença da atitude de seu irmão mais novo.

Impression: O InícioOnde histórias criam vida. Descubra agora