Desespero

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Gustavo pov's

Hoje minha mãe veio me visitar, ou melhor, visitar a Maitê, depois que eu virei pai, minha mãe nem pergunta mais de mim, só liga pra neta

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Hoje minha mãe veio me visitar, ou melhor, visitar a Maitê, depois que eu virei pai, minha mãe nem pergunta mais de mim, só liga pra neta. Mas não posso negar que amo esse carinho que ela dá pra minha filha, ela e meu pai são o significado de avós babões.

Sobre eu e Ana, depois daquele dia que ela cuidou da Maitê pra mim, ficou um clima meio estranho, mas logo nos resolvemos e agora estamos igual unha e carne, hoje mesmo, fiquei sabendo que os pais e a irmã mais nova dela viriam visitá-la, acho que fiquei uns trinta minutos escutando o quanto a morena está com saudades deles.

Minha mãe logo se despede, dizendo que precisa ir pois tem um compromisso com suas amigas. Assim que cruzamos a porta em direção a rua, vejo o carro dos pais de Ana Flávia parar em frente a casa dela. Minha mãe como sempre ainda não se desgrudou da neta e tá fazendo drama para não deixá-la.

Assim que a irmã de Ana desce do carro, pelo lado da rua, vem um carro em alta velocidade e acaba acertando em cheio a pequena. Vejo Ana Flávia congelar e logo posso ver o desespero em seus olhos.

- MEU DEUS, ANTONELLA, ANTONELLA, OLHA PRA MIM POR FAVOR - ela diz gritando e correndo em direção a criança que agora tem o corpo caído no asfalto.

Corro até ao outro lado da rua, os pais de Ana estão em volta, enquanto vejo a mesma tentar prestar os primeiros socorros a irmã. Posso ver suas mãos trêmulas e a respiração acelerada, vejo que ela não vai conseguir ajudar a irmã, ela pode ser a pediatra mais incrível do mundo, mas aquela pessoa que está estirada no chão, como ela sempre dizia, é o amor da vida dela.

Observo os pais dela e vejo que eles estão pensando o mesmo que eu, penso e repenso em como pedir a Ana que pare de mexer na irmã, até que a mãe dela faz isso por mim.

- Filha... ANA FLÁVIA - ela diz alto, chamando a atenção da mesma que agora tinha lágrimas escorrendo pelo rosto.

- Vamos chamar uma ambulância, fica calma, sabemos que você é a melhor pediatra dessa cidade, mas você está muito nervosa, para de mexer na Antonella por favor - ela pede e vejo a morena negar com a cabeça freneticamente, ao fundo o pai de Ana já está com o celular na orelha, provavelmente chamando a ambulância.

- Mãe... Não... E-eu não posso deixar ela assim, eu preciso fazer o antendimento... Mãe, eu não posso deixar ela morrer... - ela diz em meio as lágrimas.

- Filha, ela não vai morrer, ela só tá desacordada, mas eu preciso que você fique calma e não mexa pra não piorar a situação, eu sei que você é médica e sabe muito mais que qualquer um aqui, mas nesse momento você não está bem... - a mais velha diz e posso ver a preocupação em seu olhar.

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