Ana Flávia pov's 🌻
Preciso sair daqui. Já se passaram 5 dias desde que eu fui trazida para essa casa. Ravi vem aqui regularmente, na maioria das vezes me deixa presa o dia todo sem comida.
Sobre a cólica, ela tem piorado se isso ainda for possível, não sei dizer o porquê de ser tão forte, só quero sair daqui.
Ravi acaba de sair, estou pronta para voltar e deitar em meu colchão frio quando vejo uma faca em cima da mesa, ele esqueceu, é a minha chance.
Tento de todas as maneiras cerrar os cadeados das janelas mas não dá certo, tento empurrar a fechadura das portas, e outra vez minha tentativa é em vão.
Penso em Gustavo, na Maitê, tenho que conseguir por eles, vejo que tem uma vela no canto do quarto, vela essa que Ravi havia me dito para usar a noite já que a casa não tem energia elétrica.
Ascendo a vela com o fósforo que ele deixou e esquento a faca, com ela quente, coloco na fechadura tentando derreter. Das primeiras vezes não deu certo, mas começo a ver que a fechadura está um pouco mais solta.
Volto a fazer, uma luz no fim do túnel, um pingo de esperança. Tenho que sair daqui e vai ser agora, consigo puxar a maçaneta até que ela cede e abre a porta.
Estou livre.
Meu Deus estou livre.
Corro para fora da casa e pulo o portão, por mais que a dor em meu abdômen continue, corro sem olhar para trás. Finalmente irei rever meus amores.
Após andar uns quinze minutos, avisto o condomínio dos pais de Gustavo. É o lugar mais perto, já que o condomínio de Gustavo fica bem mais longe.
Chego na portaria e por me conhecerem, liberam a minha entrada. Caminho em passos rápidos, até que eu vejo o carro dele, indo em direção a saída. Me coloco a frente do carro, fazendo com que ele pare imediatamente.
Ele me olha com os olhos arregalados ao me reconhecer e logo desce do carro correndo em minha direção.
- Gustavo! - digo quando ele chega até mim e me envolve em seus braços.
- Meu Deus meu amor, que saudades, você está bem? - ele se afasta para me analisar.
- Estou, estou bem, eu não acredito que consegui - digo quebrando em um choro de alívio.
- Conseguiu meu bem, foi forte como todas as vezes. Vem vou te levar para casa dos meus pais.
- A Maitê, onde ela tá? - digo voltando a olhar os olhos do moreno.
- Está lá junto de meus pais, tá tudo bem com ela, não se preocupa.
- Gustavo, eu fugi, Ravi deve estar atrás e mim, e-ele pode vir até aqui - digo desesperada.
- Ei, calma, eu tô aqui, não irei deixar que ele te faça mal de novo, te prometo - diz deixando um beijo em minha cabeça.
Ele me acompanha até o carro e vamos em direção a casa de meus sogros. Durante o caminho não falamos nada, Gustavo entrelaçou nossos dedos tentando me demonstrar que eles estaria ali comigo o tempo todo. Chegamos e fomos direto para o interior da casa, quando eu vejo um pacotinho correndo pela casa, ela para e se vira olhando em nossa direção.
- MAMÃE - grita correndo e se chocando com as minhas pernas.
Pego ela em meus braços e dou cheirinhos e beijinhos no pescoço gordinho da pequena.
- Oi minha princesa! A mamãe chegou - digo chorando e perdendo as forças.
Sorte que Gustavo me segurou.
- Amor, você está muito fraca, tá sentido alguma coisa? - e na mesma hora sinto a maldita cólica novamente.
- Eu tô com uma cólica muito forte, não sei o que pode ser - revelo.
- Vou chamar meus pais e deixar Maitê aqui para irmos no hospital - ele diz já indo em direção aos fundos da casa, não deixando espaço para negação.
E assim depois de muito choro, tanto meu quanto de minha sogra, agora estamos eu e Gustavo a caminho do hospital.
- Minha linda, eu sei que esses dias devem ter sido horríveis e sua cabeça deve estar uma bagunça, mas quero que saiba que eu te amo! E não desisti de achar você nem por um segundo, não durmo direito desde o dia do sequestro. Faltava você aqui conosco.
- Foi horrível Gu, não quero me lembrar de nenhum segundo, morri de saudades de você e da pequena.
- Agora você está aqui, não irei deixar que vá embora nunca mais - diz e me dá um beijo.
Chegamos ao hospital e já fui logo atendida.
Fiz diversos exames que constataram uma desidratação e uma infecção intestinal. A infecção está tão alastrada que irei ficar internada para tomar a medicação.Gustavo em momento nenhum quis ir embora, pelo contrário, ele me acompanhou e me ajudou em tudo. Disse que ia até a cafeteria buscar algo para mim, mesmo eu recusando.
Já disse que sou muito sortuda? Esse homem faz os meus dia cada vez melhores, me trata como uma verdadeira princesa.
- Voltei meu bem, trouxe uma coisa levinha pra você comer já que não está com fome.
E assim foi a noite toda, com ele ao meu lado segurando minha mão. Acabei pegando no sono quando a medicação fez efeito, e quando acordo no meio da noite, vejo que ele também dormiu, mas sentado na poltrona com a cabeça em cima de nossas mãos entrelaçadas.
Ele me garantiu que a polícia já está atrás de Ravi e também de Louise, o que me tranquilizou totalmente. Acho que finalmente agora teremos paz.
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Agora simmm! Nosso casal juntinho outra vez!!!
Ouvi dizer que agora é só felicidade hein 👀
Votem e comentem muuuito!!!
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Fiksi PenggemarDepois de perder a noiva no parto de sua filha, Gustavo não se abre mais para o amor e não se vê tendo um relacionamento com alguém um dia. Já Ana Flávia, depois de passar por uma decepção amorosa, passa em medicina e se muda para São Paulo para rea...