Church

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Era o primeiro dia de um grande evento do convento, vim com minha mãe e minha irmã mais nova, Maria.

Estávamos em uma casa enorme, várias pessoas desconhecidas em uma praia deslumbrante, no momento são 20:00 da noite e estamos todos nos preparando para o luau.

-Sabe que mamãe não vai deixar você ficar no quarto, não é? - Maria diz se auto analisando no espelho, ajustando seu belo vestido florido cor de lavanda.

-Infelizmente, mas o que custa tentar? - dou um sorriso de canto e me ajeito na enorme cama.

Dividirei o quarto com Maria, a mesma tem 14 anos, ela foi basicamente nascida e criada nestes habitats religiosos, ou seja, isso pra ela está sendo ótimo.

Mamãe me trouxe pois segundo ela, estou sendo rebelde e faltando muito a igreja.

-Tome, vista isso. - a menor estende sobre a cama um vestido.

A peça era preta com mangas compridas, a cintura era justa e a saia rodada, o comprimento era até o final das coxas um pouco antes dos joelhos.

-Esse vestido pode ser caracterizado de muitas formas, menos com o meu estilo de roupa. - olho para ele com indiferença e me imaginando vestida naquilo.

-Irá ficar linda, sabe que mamãe não gosta das suas blusinhas justas de barrigas de fora, nem das suas calças largas e muito menos suas saias coladas.

Mamãe entra no quarto, seus olhos vão direto a mim me observando de olhos esbugalhados e com enorme dúvida.

-Por que ainda está vestida dessa maneira? bem aí do seu lado está o vestido que eu comprei. Ande, vista-o, o lual irá começar em 15 minutos e você ainda está vestindo essas cortinas que você chama de 'roupa'. - ela solta sua explosão e se retira do quarto.

-Eu te disse que ela não te deixaria ficar. - Maria faz uma expressão de "fazer o que, você sabe" e sai do quarto também.

Olho pro vestido choramingando, pego-o e visto. Realmente, duas coisas!

Primeira, não faz o meu estilo nem de longe.

Segunda, sim, ficou muito bonito.

O vestido destacou minha cintura fina, porém, meus quadris largos puxaram o tecido junto ao par de coxas grossas, o que deixou o vestido com um tamanho menor do que era pra ser.

Na metade das coxas.

Puxei ele para baixo, calcei meu vans, passei meu perfume e saí.

Cheguei na praia com a timidez até o último fio de cabelo, os olhares de todos vieram pra mim, sorri singela e sentei ao lado de Maria.

-Você demorou, mamãe já ia puxar teus cabelos lá em cima. - cochichou olhando para a mulher que falava sobre os pecados e confissões.

-Não demorei não, apenas 15 minutos depois que vocês desceram, mamãe que tem muito drama estufado.

Após uns 40 minutos em média, acabou o culto e seria a janta, a mesa era posta embaixo de uma enorme tenda de madeira com enfeites plantas envolta dos troncos.

-Bom meus queridos, está na hora de agradecer ao pai por todo este banquete posto em nossa frente e que ele nos abençoe para que mais refeições como essas sejam feitas.

Todos fecharam os olhos enquanto a loira orava pelo pão de cada dia, abri um olho quando ouvi passos e um perfume ter chicoteado meu nariz.

Fechei um pouco sendo acobertada pelos meus cílios enquanto o garoto se aproximava de nós.

O "amém" foi dito e todos abriram seus olhos e se sentando novamente.

-Então gente, esse é meu filho Tom. Ele irá passar o primeiro convento conosco. - a mulher abraça o jovem de lado e ele olha pra mim de forma séria.

-𝐶𝑜𝑚 𝑇𝑠𝑎̃𝑜, 𝐾𝑎𝑢𝑙𝑖𝑡𝑧Onde histórias criam vida. Descubra agora