1 - O fim próximo

3 2 0
                                    

Califórnia, Estados Unidos
Ano 2025
A antiga moradia
(Capítulo com resquícios de bug na escrita)

Eu me direcionei até um dos quartos da casa. Para não causar confusões, preciso explicar o que havia nela. Era uma simples casa numa residência chique. Continha três quartos, uma cozinha de tamanho médio, um quintal meio estranho e sem grama e por fim uma sala grande. Tudo o que era necessário estava ali.

– Você vai pra escola hoje? – perguntei, seriamente, a minha irmã mais nova.

– Não. A mamãe vai me levar na casa da bisavó Tônia.

– Tá. - suspirei. – Avisa pra mamãe que hoje eu vou ir numa festa de colegas da classe. Nada de tão interessante.

A pequena apenas me respondeu com o dedão da mão virado pra cima. Então eu saí do quarto, refletindo no que eu poderia fazer no dia. Sim, eu menti pra minha irmã. Talvez não tenha nada de errado nisso.

Eu permanecia calmo como sempre, esse é o meu jeito. Levo as coisas numa boa, tento não parecer surpreso e idiota com qualquer coisa. As vezes eu só me irrito quando falam de alguém que eu gosto muito, mas nem sempre termina em "porradaria". Meu pai é um empresário bem conhecido, minha mãe é cozinheira-chefe. Eu agradeço por ter pais incríveis.

Na cozinha estava a mamãe, eu cheguei por trás e abracei ela, típico dos nossos abraços matinais.

– Bom dia, filho. - ela sorriu.

– Bom dia mãe. A senhora está bem?

– Graças a Deus sim. Vai fazer o que hoje?

Droga. Ela me fez a pergunta que eu temia. Fiquei alguns segundos em silêncio, pensando. Logo obtive minha resposta..

– Ahn.. ah.. é.. eu vou pra uma festa de uns colegas de classe. Não vai ser nada muito suspeito. – olhei de um jeito estranho pra ela.

– É seu jeito gaguejar. Você pode ir. Mas esteja em casa antes das 23h! (Onze horas da noite)

No mesmo momento eu fiquei feliz mas não demonstrei totalmente. Dei um abraço forte nela, pois já estava ciente que provavelmente aquele iria ser um dos últimos dias em que eu veria ela..

Moscou, Rússia
Ano 2030

Minhas mãos estavam tremendo muito, um sinal de que eu estava totalmente nervoso. As pessoas ao meu redor só sabiam chorar e ficarem frustradas. Eu era o único ali que não estava chorando e nem demonstrando nada. Após pegar o celular e ligar para minha mãe, ela atendeu.

– Alô? Mãe? - eu disse, nervoso.

– Oi meu filho. O que houve? Você está bem?

– Por que você tá agindo naturalmente!? Uma guerra está pra começar, mãe! Dá pra entender a nossa situação?

– Ei, calma. É a primeira vez que você mostra tudo isso. Relaxa, ainda não sabemos se o presidente irá lançar essa bomba. - a voz dela permanecia doce.

O silêncio tomou conta da chamada. A única coisa da minha mãe que eu tenho certeza que ninguém além dela tenha, é a sua calma. Ela é muito normal e calma, quase nada consegue ferir ela num nível tão alto. Isso faz ela única.

O Fim do Mundo - DistopiaOnde histórias criam vida. Descubra agora