2 - Susie

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Moscou, Rússia
Ano 2030
Centro de segurança

Meu medo já estava me levando até o local em que possivelmente estava acontecendo o massacre do governo sob centro. Minha mochila estava bem presa nas minhas costas, meu celular sobre a minha cintura e uma faca de cortar pão na manga da minha camisa de manga longa. Me retirei do banheiro o mais rápido possível, e por incrível que pareça, nenhum barulho podia ser ouvido. Alguma coisa estava acontecendo ou já devia ter acontecido. O local estava passando uma sensação de frieza e sangue. Eu estava começando a ter calafrios. Eu me direcionei até a saída de emergência, correndo pelos corredores e subindo as escadas logo em seguida. Foi quando eu consegui ouvir o barulho de dois soldados conversando, então me atirei rapidamente até a parte interna de um caixote.

- Vocês mataram todos? - um deles dizia.

- Certamente não. Vi uma dezena de pessoas correndo pelo centro. Chame reforços e não deixe-os sair pelo portão principal.

- Claro, irei fazer isso.

Então um deles saiu rapidamente pela escada abaixo. o outro permanecia em frente a porta em que eu iria sair, o que me deixou com dificuldade para fugir dali. Dentro do caixote estava apertado e quente..

- Droga.. tem que haver um jeito de sair daqui.. - eu falava sozinho.

Por ali havia chegado mais uma tropa de soldados. Pelo visto, eram cinco. Juntamente deles, havia um oficial segurando uma garota de cabelos ruivos, olhos claros e pele clara. Sua estatura era de pelo menos 1,62m de altura. A farda que a mesma estava vestindo era do departamento médico do exército russo, por incrível que pareça, estava escrito o nome "Susie" em seu crachá. Me lembrou de uma pessoa um pouco antiga..

– Desembucha logo. - disse o oficial. – Onde estão os outros sobreviventes?

E então ela se debateu, mas ainda olhando para o rosto do oficial com uma expressão de raiva.

– Vai tomar no seu rabo! Eu não tenho nada a ver com el-

O oficial puxou seus cabelos pra cima, olhou em seu rosto e lhe deu um soco. Aquilo foi tão forte que, por conta do impacto, cuspiu muito sangue. Os soldados permaneceram sorrindo, enquanto o oficial continuava a fazer perguntas a ela.

– Esquece. Deixem ela aí, quero todos vocês na parte de baixo do centro. Imediatamente.

Todos os soldados concordaram. Nisso, o oficial deu uma última joelhada no rosto da garota e a deixou apagada no chão. Minha vontade naquele momento era de sair daquele caixote e dar um chute nas bolas dele, mesmo sabendo que eu não teria a menor chance.

Ugh.. meu nariz.. - a mulher estava se contorcendo no chão coberto de sangue.

Aquele era o momento perfeito pra mim, eu podia sair daquele caixote e salvar ela. Então respirei fundo, ainda com medo de sair daquele caixote e ter algum soldado vigiando. Contei de um até três, e quando saí do caixote..

O Fim do Mundo - DistopiaOnde histórias criam vida. Descubra agora