Capítulo 2: O preço do pacto

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"'Agora, senhora rainha,' disse ele, 'qual é o meu nome?'"

Neste ponto, a rainha já havia descoberto seu nome por meio de um mensageiro que ela enviou para segui-lo e o ouviu cantarolar um verso enquanto dançava ao redor de uma fogueira. O verso que ele cantava, que revelava seu nome, era:

"Hoje eu frito, amanhã eu fervo, Depois levarei a filha do rei; Ninguém sabe, nem mesmo o diabo, Que meu nome é Rumpelstiltskin."

⚜️

A noite tinha caído sobre Portland como um manto espesso, suas sombras serpenteando pelas ruas e envolvendo a cidade em uma calma enganosa. As luzes da cidade cintilavam como estrelas distantes, um falso prenúncio de tranquilidade que mal conseguia disfarçar os murmúrios do perigo iminente.

Em sua mesa na delegacia, Sasuke Uchiha folheava arquivos desgastados, cada página um lembrete do peso que suas responsabilidades carregavam. Desde que descobrira sua herança como um Grimm, cada caso parecia carregar consigo uma profundidade maior, entrelaçando o mundano com o místico de formas que ele apenas começava a compreender.

Nessa noite, uma série de desaparecimentos misteriosos havia capturado sua atenção, não apenas pela natureza alarmante dos eventos, mas pelas peculiares circunstâncias que os cercavam.

As vítimas, todas ligadas por promessas feitas e não cumpridas, haviam desaparecido sem deixar vestígios, exceto por um enigmático pedaço de papel encontrado em cada cena do crime. Nele, uma única frase repetida: "O que é prometido deve ser pago."

— O que isso quer dizer? — Sasuke questionou em voz alta, vendo a foto daquele bilhete entre as provas.

— Uchiha, venha aqui... — Yamato o chamou, Sasuke se levantou com a pasta ainda em suas mãos, foi até a sala do capitão e fechou a porta quando passou por ela — o que está escrito no bilhete encontrado na cena?

Sasuke sentou-se na cadeira de frente ao capitão, lendo aquela maldita frase e encarando o Laufer.

— Parece que todos tinham dívidas, mas, não sei qual dívida, não é financeira, mas, todos eram bem sucedidos ou receberam milagres, Sarah Jhonnes esteve doente a cinco anos atrás, mas, de um dia para o outro, ficou curada. Jason Lestar, o filho sofreu um grave acidente, teve morte cerebral, mas, misteriosamente, acordou... penso que talvez, não seja um casa humano, sabe? — Yamato sorriu ao notar que Sasuke já estava entendendo como as coisas funcionavam, e por sozinho, reparar que aquilo era um caso Grimm.

— Porque não é! Essas pessoas tinham uma dívida com quem não deveriam ter! Só tem um ser que é pior que quiser Vulpgeist! Rumpelstiltskin! — Yamato suspirou — As leis do mundo Wesen são antigas e inquebráveis, Sasuke. Uma promessa quebrada pode ser uma sentença de morte, dependendo de quem a cobra... Rumpelstiltskin te dá tudo que quiser, mas nunca esquece uma dívida e se não a pagar, morto será!

— Simples assim? E fechamos os olhos para isso? — Sasuke não entendia o que os impedia de acabar com aquela criatura.

— Sou um Laufer, mantenho o equilíbrio do meu mundo... se interferir, estarei causando grandes danos a Rumpelstiltskin, não farei isso! — Yamato via em Sasuke uma esperança, como se ele pudesse ser o diferente — sei que seu irmão e primos irão lhe aconselhar a matar o bruxo, mas, aconselho a não fazer isso... existe um motivo para que nossos povos sempre estarem em guerra e os Grimm não respeitarem nossas leis e maneiras, é e sempre foi o maior deles!

— E se eu achar uma forma de negociar com ele? — Sasuke viu os olhos de Yamato irem até os seus lentamente.

— Existem pequenas leis dentro do mundo Grimm e Wersen... nunca negocie com o bruxo, Rumpelstiltskin! Nunca vire as costas ou deva favores a uma raposa, principalmente se for um Vulpgeist! Nunca confie em ratos, eles são medrosos e desleais, nunca interfira a morte, ela mantém o equilíbrio de tudo e todos! — Novamente um aviso sobre Naruto, Sasuke não sabia como dizer ao capitão que não estava devendo apenas um favor ao loiro, mas, três!

Maldito GrimmOnde histórias criam vida. Descubra agora