Victória Stone
Quando tinha meus nove anos, duas semanas antes de completar meus dez, minha mãe sofreu um acidente. Ela imediatamente foi levada para o hospital, fez uma cirurgia de grande risco. Porém infelizmente não pude ficar na cidade, pois papai tinha negócios a resolver. Descobri que ela não havia sobrevivido à cirurgia, meu mundo desabou no instante em que recebi a notícia.
Papai disse que teria que viajar para Miami para resolver negócios. Iria fechar contrato com uma grande empresa, que se eu me lembro bem se chamava Brooks. Corri em sua direção e a abracei, aquele seria meu último abraço da pessoa que mais amei e que um dia me entendeu; ela estava desacordada, porém não me importei. Fui em direção ao meu pai com os olhos cheio de lágrimas e saí do hospital com papai. Antes de por os pés para fora do hospital, gritei:
- Eu te amo mamãe!!- E então nunca mais a vi. Ela morreu... Ainden a matou.
[...]
Ainden Brooks
Decidi que era hora de voltar a minha antiga cidade, onde passei toda minha infância, onde tive meu primeiro amor. Victória Stone sempre foi linda e quando nasceu a peguei e a coloquei em meu colo e ela sorriu para mim, desde então pensei, "ela será MINHA, e de mais ninguém" Consegui machucá-la e até hoje ela não olha na minha cara...
Quando eramos menores, nossos pais nos ensinaram a dirigir carros, e desde então sempre corríamos em rachas. Éramos melhores amigos, até que comecei a namorar e me afastei dela, por minha namorada não se sentir confortável com ela sendo minha melhor amiga. Até que um dia tive uma grande discussão com minha ex, saí de casa com muita raiva, pois havia terminado com Laís, minha ex namorada, então, liguei pra Marianna (mãe de Victória) e n me lembro ao certo o que disse a ela. Me lembro de ter dito:
-Preciso de você Marianna, vá para o parque central por favor.- disse a ela e desliguei a ligação.
Ela então saiu de carro desesperadamente e no meio do caminho perdeu total controle, o freio havia acabado, sofreu um acidente e infelizmente não resistiu. Marianna sempre foi minha segunda mãe, já que minha mãe de sangue, nunca me deu atenção, então sempre que precisava de alguém chamava Marianna. Victória não me perdoou até hoje, por achar que eu fiz com que o acidente acontecesse e sua mãe morresse.
[...]
Acordo com todos esses pensamentos, pego meu celular que estava ao meu lado, na pequena cômoda, olhei as horas e eram exatamente 01:30 da manhã. Me levanto pegando um casaco preto básico, logo em seguida pego as chaves de meu carro, vou até a garagem e saio.Chegando ao meu destino, entro no quarto e vejo que não há ninguém lá, será que ela saiu? Escuto um barulho vindo do andar debaixo, deve ser ela. Me deito em sua cama e espero sua chegada, quando ela entra pelo quarto tampa sua boca no mesmo instante, deve ter se assustado.
-Sou tão feio assim?- falo para Victória.
-O que está fazendo aqui?- Ela fala sem nenhum rancor, não respondendo minha pergunta.
-Temos que conversar.- falo em poucas palavras e com a voz firme.
-Não tenho nada para falar com você. Vá embora.- Me levanto chegando perto dela, consigo sentir sua respiração e vejo que ficou tensa.
-Tenho que esclarecer uma coisa para você, devia ter feito a anos atrás.- Essa é a hora, não vou esperar um minuto a mais.
Olho para a cama, aponto com a cabeça para que ela se sente, ela vai em direção a cama se sentando, nem um pouco satisfeita. Quando abro a boca para falar ela fala algo antes.
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Meus olhos aos seus
RomanceNa vida de Victória ouve uma grande tragédia; a algum tempo atrás, pouco antes de completar 10 anos, perdeu sua mãe, a única que a entendia e não a julgava, desde de então trata isso com psicólogas, sabendo que não se resolveria apenas em choro. Su...