Capítulo 3- Invasão

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Já se faziam alguns meses que Thomas e os outros chegaram na ilha, todos os dias Thomas via a carta de Newt em cima de uma mesinha improvisada de bambu, e se perguntava, "e se eu tivesse levado o Newt a tempo até a Teresa, será que ele estaria aqui ainda?", ele sentia saudade, não só de Newt claro, mas de todos, todos aqueles que acreditaram nele e hoje estavam mortos.

            -Thomas, se sente bem? Está pálido.- Comenta Vince.

            -Sim. Só estava pensando.

            -Bom... Recebi uma mensagem, pelo rádio. Acho que você não vai gostar da notícia.

            -O que aconteceu, Vince?- Pergunta Thomas ficando curioso mas ao mesmo tempo nervoso.

            -Alguns "amigos" meus do lado de fora, perceberam que está tendo um movimento muito grande de caminhões, na última cidade, todos do mesmo jeito, grandes e resistentes muito parecidos com os do Cruel, e todos indo para o norte. Mas nem pense em ir, porque eu aceitei da última vez, mas era a última!

           -Está tudo bem, eu não vou. Por enquanto não tenho motivos para ir.- Falou Thomas, deixando Vince a questionar se ele realmente estava bem.

Passaram alguns meses e a cada dia que se passava todos se perguntavam o que havia com Thomas.

[Rádio]: Tem alguém aí? Por favor responda.

           -Quem está aí? Câmbio.- Fala Minho respondendo o rádio, assim que ouviu a mensagem.

[Rádio]: Estamos perto da última cidade. Um caminhão acabou de sair da base destruída do Cruel, pegaram alguns adolescentes que estavam por ali, provavelmente imunes. Espero estar me comunicando com o braço direito, ouvi que vocês ajudaram quase um trem inteiro de imunes.

          -Me desculpe moço, mas ... - Minho começa a falar, mas é interrompido por Thomas que estava logo atrás.

          -Nós vamos ajudá-los.- Disse impressionando muitos que pensavam que não iam mais ouvir Thomas falando daquela maneira.

Minho não conseguiu esconder o sorriso, Vance apesar de ser difícil de convencer, também apoiou a ideia.

Começaram a arrumar as coisas para logo partirem, alguns ficaram na ilha, mas todos aqueles que perceberam a falta deste Thomas o acompanharam.

Faziam cerca de 4 dias quando chegaram, estava escuro. De manhã, partiram por mais alguns quilômetros, e logo encontraram o lugar indicado pelas coordenadas.

Era um lugar vazio, mas assim que Vance percebeu que podia ser uma armadilha já era tarde, as janelas sumiram como em um passe de mágica e foram pegos, agora estavam em um dos caminhões indo para o norte. assim que todos foram presos em seus assentos na caçamba do caminhão os soldados se sentaram em seus devidos lugares.

            -Podem começar a falar seus nomes!- Uma voz feminina jovem fala através da máscara.

Não teve respostas. Todos estavam em um silêncio ensurdecedor.

Viktória tira a máscara e assim conclui:

            -Não somos do Cruel, estamos só pegando uma carona com vocês até a nossa fonte de comida.

             -Quem são vocês?- Thomas não acredita no que ouve mas prefere ouvir o que eles têm a dizer.

             -Não vou te dizer nosso nome, não é como se eu fosse ajudar vocês a escaparem daqui, só estamos pegando carona nos caminhões até a nossa fonte de alimento e seja lá o que precisarmos.

             -"Caminhões" há outros por aqui?- Pergunta Thomas agora prestando atenção nas informações.

Viktória calmamente, sem fazer muito barulho abre uma pequena janelinha levando a cabine do caminhão, de um jeito que Thomas pode ver um outro caminhão logo a frente. Viktória fecha a janela sem chamar atenção do motorista novamente.

Depois de uns minutos em silêncio, puderam sentir o caminhão parar, um enorme peso empurrou a todos para frente, mas estavam presos então só sentiram uma pequena dor nos pulsos.

A porta do caminhão se abriu e começou a atuação, todos aqueles que estavam se provando aliados ficaram agressivos, sem demonstrar emoções por fora do capacete. Neste momento Thomas olhou para o lado e viu o outro caminhão, estavam tirando outros adolescentes de dentro dele; um dos guardas que estava dentro do segundo caminhão olhou para Thomas, que o fez perceber que ele precisava atuar também, pelo mínimo fingir que não ouviu aquilo que ouviu.

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