A Bastarda Legítima(O retorno da magia de Valiria)

Livros que nunca vi

119 d.C

Uma forte tempestade desabava sobre a Fortaleza Vermelha naquela noite escura, seu silêncio era somente interrompido pelos fortes raios e trovões que iluminavam o céu de forma intimidante e assustadora aos olhos dos habitantes de Kings Landing, algumas velas e tochas que iluminavam a escuridão dos corredores vazios eram apagadas pelos fortes ventos que acompanhavam a tormenta, somente os guardas eram vistos em seus postos em completo silêncio apenas observando a forte chuva que caia do lado de fora. Todos da família real estavam em sono profundo em seus aposentos, todos menos Daerys que se revirava em sua cama sem conseguir adormecer desde que tinha ido para seu quarto após a última refeição do dia, essa que tinha sido feita especificamente em comemoração aos 13° dias de nome de Daerys e Aegon Targaryen por seu Avô e Pai, como sempre houveram discussões e indiretas vindas diretamente da Rainha Alicent e seu pai Mão do Rei Otto Hightower, esses que em seus pensamentos não conseguiam aceitar o fato de que a filha de Rhaenyra Targaryen estava crescendo a cada dia e se tornando uma bela mulher de traços quase que completamente Valirianos, e isso era oque mais dava chances a ela de ser a próxima Herdeira do Trono de ferro depois de Rhaenyra.

-Ela está cada vez mais próxima de Aegon e Aemond, durante o jantar de hoje não paravam de conversar e rir como se aquela pequena Bastarda fosse alguém confiável!! Não sei mais oque faço meu Pai, os comentários que faço sobre Daerys a Aegon não fazem mais efeito. - Alicent falava de braços cruzados aflita e irritada enquanto olhava a forte tormenta pela janela de seus aposentos. -Fale baixo Alicent, se alguém a ouvir chamando a Princesa de bastarda você sera punida da pior forma possível, tudo que temos que fazer agora é esperar que a saúde de Viserys piore para que possamos por o plano em prática. - Otto Hightower sussurava baixo enquanto encarava a filha com uma expressão séria e calma logo indo em direção a porta para ir a seus aposentos finalmente acabando com a conversa. Assim então os chiados como os de serpentes se cessaram naquela noite tenebrosa.

Já nos aposentos de Daerys a mesma não havia conseguido dormir de forma alguma, a sensação era de que algo a estava a impedindo de cair no sono, algo como uma fraca rajada de vento sussurrando em seus ouvidos a chamando para algum lugar, sussurro esse que não podia ser entendido por ela por ser baixo demais e se misturar com o barulho da forte tempestade, intrigada e já irritada por não estar conseguindo descansar resolve então seguir o estranho e baixo chamado de vinha estranhamente de trás de seu roupeiro, colocou então sua capa sobre suas roupas de dormir logo pegando o pequeno castiçal com uma vela sem chama indo em direção ao mesmo para tentar descobrir oque seria aquilo, olhou em todos os cantos mas sem sucesso, decidiu então empurrá-lo para o lado tendo a surpresa ao encontrar uma porta de aparência velha e desgastada. Piscou os olhos com força para saber se aquilo era algum tipo de alucinação de sono, mas não era, aquela porta estava ali fechada mas com a chave em sua fechadura aumentando ainda mais a curiosidade de Daerys, sem pensar mais logo empurrou a porta que estava aberta dando-lhe a visão de uma escadaria escura e empoeirada, voltou os olhos a seu quarto a procura da única tocha que o iluminava suspenso na parede ao lado da janela logo indo acender sua vela para poder olhar melhor sua nova descoberta, ao iluminar as escadas conseguiu ver pequenos candelabros antigos em formato de dragão com velas derretidas que pareciam muito velhas nas paredes, aproximou sua vela de um deles acendendo-o melhorando a iluminação a seus olhos, ao pisar nos frios degrais começou a ouvir novamente aquela baixa canção vinda do fundo daquelas escadarias misteriosas, suspirou profundamente juntando coragem e começou a descer lentamente degrau por degrau segurando nas paredes antigas que rodeavam as escadas, acendendo cada candelabro que surgia a cada passo dado e percebendo que aquela canção se tornava cada vez mais audível.

Drakari Pykiros