Capítulo 8: Mentira!

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Guilherme, deitado na cama, sente fome e levanta devagar. Ele percebe que Vitor está deitado olhando para cima, enquanto os outros meninos aparentemente estão dormindo. Guilherme anda lentamente até a porta e vai até a cozinha, onde encontra apenas algumas comidas como bolo e frutas. Ele corta um pedaço de bolo e, no momento em que vai morder, Valéria aparece e pergunta:
"O que você está fazendo aqui?"
Guilherme, aparentemente nervoso, responde:
"Ah, eu estava com fome e desci para pegar um pedaço de bolo. Inclusive, é uma delícia."
Valéria, sem olhar para ele, pergunta:
"Me falaram o que aconteceu. Por que você fez isso?"
Guilherme responde:
"Não fui eu, foi meu amigo, eu juro."
Valéria questiona:
"Foi seu amigo?"
Guilherme insiste:
"Foi, eu juro."
Valéria então diz:
"PARE DE MENTIR!"
Nesse momento, o orfanato estala e as comidas começam a derreter. O pedaço de bolo na mão de Guilherme começa a escorrer por sua mão e algo passa rapidamente pela janela.

Com um olhar sinistro e uma voz agressiva, Valéria vai ao meio do salão e grita: "BOM DIA, IRMÃOS E IRMÃS! Levantem-se, hoje é um novo dia." Em seguida, ela começa a andar até o segundo andar, em direção ao quarto das freiras.

Todos rapidamente se levantam e descem as escadas até a cozinha, mas não a encontram lá. Apenas Guilherme está de pé, e todos olham para ele com raiva, inclusive Vitor. Eles puxam cadeiras e sentam, aguardando a Valéria para o café da manhã. Mesmo que eles não sintam fome, essa rotina lembra como era agradável a hora das refeições quando moravam no orfanato depois do poço.

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