24 anos atrás

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Notas da tradutora: Avisos!

A história não me pertence. Se trata de uma tradução de uma obra presente no AO3.

A obra contém mpreg(gravidez masculina).

Realizada revisão antes de postar, porém caso encontrem erros podem comentar que corrigimos.

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Harry costumava amar o Natal. Quando criança, ele esperava ansiosamente pelo Natal o ano todo e acordava cedo e ia dormir tarde para fazer o feriado durar o máximo possível. Mas isso mudou quando seus pais o sentaram para contar que estavam se divorciando. Ele tinha apenas cinco anos, e na época parecia que era o fim do mundo. Naquele primeiro Natal, ele passou com sua mãe, e o Ano Novo com seu pai, e embora seus pais tentassem o melhor deles para tornar aquele um momento feliz para ele, ele acabou odiando o Natal por anos depois disso.

Mesmo quando o pai de Harry se casou novamente, e ele passou o Natal com ele e seu marido, e Sirius e Remus, nunca foi o mesmo que antes do divórcio. Mas então no ano passado James e Regulus convidaram Lily para celebrar o Natal juntos, e finalmente - depois de muito tempo - Harry se apaixonou novamente pelo feriado. Claro, ele aceitou que seus pais estavam melhores como amigos, e ele veio a amar Regulus como outro pai, mas havia algo em ter seus dois pais ali para o Natal que ainda significava o mundo para ele.

Este ano Lily deveria passar o Natal com eles novamente, mas alguns meses atrás ela saiu da Inglaterra para viajar pelo mundo. Era um sonho de vida dela, mas ela e James se casaram jovens, e uma vez que Harry nasceu, ela aceitou que seu sonho nunca se realizaria. Mas com Harry morando com James e Regulus na maior parte do ano, e ele tendo quinze anos e preferindo passar tempo com seus amigos do que com sua mãe, ela começou lentamente a considerar fazer seu sonho se tornar realidade novamente.

Harry foi quem a encorajou a ir, mas ela sempre prometeu voltar para o Natal. Ele estava ansioso para passar as festas com toda sua família novamente o ano todo, então quando Lily ligou apenas para explicar que seu voo foi cancelado e que ela não poderia voltar para casa até depois do Natal, ele exagerou e causou uma briga com ela. Claro, no fundo ele sabia que ela tinha tentado o máximo possível para encontrar outro voo e voltar para ficar com ele, e que ela não fez isso de propósito, mas ele apenas estava desapontado além das palavras. Provavelmente ele a ligará mais tarde e pedirá desculpas, e com certeza ela vai ignorar isso, porque ela sabe exatamente por que ele está chateado. Mas por enquanto ele não consegue sair da fossa em que está, e definitivamente não quer ver seu pai ou Regulus agora e tê-los tentando animá-lo.

Mesmo em seu mau humor e irritação, Harry pensou em pegar seu casaco antes de sair sorrateiramente da casa para o quintal. Ele está feliz por ter feito isso, porque o vento frio ainda é suficiente para fazê-lo tremer, apesar do casaco. Está congelante e nevando há semanas, e há uma camada espessa de gelo em tudo. Ele sabe que congelaria se sentasse em uma das cadeiras, então continua andando em círculos, tentando se aquecer. Seria muito melhor apenas entrar, sentar perto do fogo e tomar um chocolate quente, mas ele precisa se lamentar em suas emoções por mais um pouco antes de estar pronto para fazer isso.

Ele acabou de atravessar o quintal novamente - garantindo não ser visto por seu pai, Regulus, Sirius ou Remus, que certamente arrastariam seu traseiro de volta para dentro - e está olhando para uma das árvores que parece estar congelada, quando ouve algo se movendo. A princípio ele pensa que é um pássaro na neve, mas quando espreita pelos arbustos e árvores, ele percebe uma figura no chão.

Há um pequeno espaço entre o quintal dos Potter-Black e o quintal dos vizinhos, e Harry o usava para se esconder quando era mais novo. Mas ele não pensou que mais alguém soubesse disso. Mas então, Harry nunca conversou realmente com os vizinhos, então para tudo que ele sabe eles se mudaram meses atrás, e alguém novo se mudou. Isso o deixa curioso, então ele passa pelo espaço que costumava passar - percebendo rapidamente o quão mais fácil era quando era criança, quando seu casaco fica preso em um galho.

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