Touro Brabo, Macho Demais | 3/3 |

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Capítulo final desse história. ❤️

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Já era mais de meio dia, e os dois estavam enrolando no chuveiro. Kelvin passava xampu no cabelo, enquanto Ramiro passava o sabonete em suas costas, preguiçosos. Ramiro largou a barra e desceu a mão ensaboada pelo meio de sua bunda. Kelvin agarrou o chuveirinho e jogou água em seu rosto.

Ô, Kevin! — reclamou, se afastando e protegendo os olhos.

— É pr'ocê acordar. Tá ficando tarde pra nós ir.

— Ma' como que acorda se nós nem dormiu... — brincou aproximando a risada rouca com um beijo em seu pescoço escorregadio. — Deix'ô ajuda a lava o bumbunzinho...

Kelvin riu.

— Cê vai me lavar assim toda vez, é?

— É...

— Antes e depois das... das safadeza?

— Uhum... Deixa tudo cherosinho... — falava contra o seu pescoço.

— Então eu posso pegar no Ramirão aqui? — provocou e passou a mão para trás, segurando o pau do homem entre os dedos.

— Cê deixa de ser safada...

— Que aí nós se lava juntinho, ué... Aí eu aproveito e vou ensinando como é que faz... — brincava com os dedos.

— Êêêê... Eu lavo o Ramirão bem lavadinho...

— Eu sei, eu lambi ele todinho ontem de noite — disse fazendo o homem sorrir orgulhoso. Virou-se de frente para ele, abraçando sua cintura e sendo abraçado de volta. — É que tem umas coisa que eu quero te ensinar memo, pr'ocê entender mais, assim... como as coisas funcionam, sabe? — desceu as mãos, dedilhando por seu quadril e voltando. — Aí nós faz assim... cê me ensina umas coisa, eu te ensino outra, e nós vai aprendendo... entendeu?

— Uhum...

— Humm...

O banho preguiçoso se tornou uma lenta aula de cuidados pré e pós sexo para Ramiro. Isso porque o peão acabou foi gostando do jeito que o seu professorzinho ensinou o nome de cada partezinha de seu "Ramirão". Kelvin era bem didático, e a aula acabou sendo tão prática que ele logo estava apontando com a língua e atrasando os dois mais ainda. Alguns tópicos eram assim, mais divertidos, e outros, digamos, mais desconfortáveis. Tipo o balão em formato de gota que Kelvin tirou de dentro do armário da pia.

— E...eu achei que isso aí era coisa de desentupir pia!

— Ô, Ramiro, cê num usou isso no ralo não né?!

— Usei nada não, usei nada não...

O homem coçava a cabeça e trocava as pernas, desviando o olhar.

— Ramiro, em nome de cristo! — juntou as mãos em oração em torno da ducha.

— Luana num deixo. — confessou.

Santa Luana.

Ao sair do banho, arrumaram correndo suas coisas para ir ao hospital. Já estavam de saída, e ainda pelos corredores, por debaixo das cortinas, podiam ver as pernas e ouvir o som das vozes das meninas começando a preparar o bar para mais tarde. No entanto, os burburinhos e risadas repentinamente cessaram assim que puseram os pés para dentro do salão. Luana virou a cara para as cadeiras que limpava para pôr no lugar, Iná varria o chão em direções aleatórias. Polerina contava as bolas de bilhar como se não estivessem todas exatamente em seu lugar. Zeza esticou o pescoço para espiar pelo balcão da cozinha.

A Primeira Vez - KELMIROOnde histórias criam vida. Descubra agora