De Morango | 2/3 |

2.3K 150 295
                                    

Sim, tá escrito 2/3, vai ter que ter outro, mas veja pelo lado bom:
1. Tem um hot de respeito nesse E outro no próximo

2.  O hot desse é inspirado em uma arte da chromo que é simplesmente tudo pra mim (MUITO MUITO OBRIGADA POR AUTORIZAR)

3. Temos a inversão dos papéis, com Kelvin subindo pelas paredes dessa vez, então assim, todo mundo ganha

________________________________________________________________________________

Ramiro estava deitado na poltrona da enfermaria, ainda aguardando a medicação intravenosa fazer efeito. Kelvin permanecia de pé ao seu lado, acariciando seus cabelos, vendo-o se esquecer pelo menos por alguns instantes de qualquer coisa que não fosse o seu carinho. Não demorou muito até que entrasse pelo corredor o médico ortopedista com os exames de imagem nas mãos. Era conduzido pela enfermeira, que apontava onde o paciente estava. Se aproximaram, e o homem os cumprimentou com um aceno de cabeça.

— Se sente melhor? — o médico perguntou.

— Mais ou meno, né, douto? — Ramiro respondeu com uma careta de dor.

— Eu não entendo. — o homem ajustava o óculos no rosto, folheando e analisando as imagens da tomografia. — Você estava tendo uma recuperação excelente, essa parece uma inflamação bem repentina. Houve alguma queda ou impacto?

— Que pacto?!

— Impacto, meu amor, é quando... — Kelvin estalou as costas dos dedos de uma mão na palma da outra — bate uma coisa na outra, entendeu?

— Ah, isso aí teve sim! — balançou a cabeça para o médico exibindo um discreto sorriso.

— Mas bateu como? — o homem perguntou.

— Com força, douto — Ramiro respondeu, num impulso se projetando para a frente. — Aai...

— Não era isso, Rams...

— Eu avisei que esses dois voltarem pra casa não era boa ideia. — Silvia, a enfermeira, comentou. — Não dava um mês pra ele voltar porque arrumou algum... "serviço", né? — piscou o olho para os dois. — Tá aí, ó. Duas semanas.

— Ramiro, a condição de você ir terminar o tratamento em casa era o repouso absoluto. — o médico pontuou.

— Ele não obedece, não quer ficar quieto! — Kelvin desabafou.

— Eu tava obedeceno ma'í foi ficano difícil demais... — resmungou apertando a cabeça na poltrona.

— Se não conseguir fazer o repouso em casa, vai ter que voltar pro hospital. — o médico interveio. Os dois se entreolharam.

— Mas ele tava deitado. — Kelvin emendou.

— Deitadão, às veiz até sentado, né, Kevin?

— No mááximo, no máximo agachadinho, assim — o loiro se encurvou para baixo.

— É que um home fica entediado dum jeito só, né, douto.

— Só que aí — o estalo de novo — "táá", caiu um, um troço em cima dele, assim...

— Caiu várias veiz, "táá, táá, táá", quicano... — Ramiro também estalava as mãos.

— Quicando, doutor.

— ...e num cabava de quica! — falava perplexo — Que só quando caiu pro lado assim é...é que eu consegui recupera de novo.

— É, mas se ficasse quieto o "troço" não "caía" desse jeito.

A Primeira Vez - KELMIROOnde histórias criam vida. Descubra agora