capítulo 3

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                  THEODOSIA
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AO DESPERTAR dos mundo dos sonhos, escuto batidas na porta do meu quarto. Fazendo com que eu levante da cama. Mas ao me deparar com meu reflexo no enorme espelho do meu quarto, sinto vontade de voltar para o ninho de cobertas . Meus olhos estão vermelhos e inchados, por consequência do choro. Meus longos  cabelos ruivos  estão uma bagunça, assim como minhas emoções.

Sigo em direção da porta, a abrindo revelando a presença de angelle.

Sua cabeça abaixada, como sempre

- desculpe a importunar princesa, mas os anciãos solicitam sua presença na sala de reuniões - sua voz baixa quase não chega ao meus ouvidos

Será que eles não intendem que eu acabei de perder minha mãe? Velhos estúpidos

Suspiro enquanto fixo meu olhar na parede atrás de angelle.

- já estou indo para a sala, Angelle.

A vejo confirmar com a cabeça, enquanto faz uma reverência e se distância

Fecho a porta enquanto volto para o quarto, paro de frente ao espelho tentando arrumar minimamente meus selvagens cachos ruivos






NESte momento estou parada frente as enormes portas duplas, onde se localiza a sala de reuniões. Sei que ao passar por elas, nada de bom me aguarda.

Respiro fundo, buscando paciência e força dentro de mim

Empurro as portas assumindo minha postura mais confiante,
Sigo para a cadeira vaga enfrente a longa mesa que acomoda esses vermes repugnantes.

Meu olhar está afiado e fixo nos embustes a minha frente

E com a postura totalmente correta, me sento na cadeira de forma impecável e elegante. Cruzando as pernas e levantando o queixo

- soubemos que a rainha veio a óbito, nossos pêsames princesa

- me poupem de suas falsidades, vocês estavam esperando por essa notícia a anos vermes. Acham que eu não sei os esquemas que fazem escondidos?

Vejo o espanto se alojar em suas faces

- Onde pretende chegar com isso garota ? - Um dos cinco anciãos pergunta

- É uma acusação muito grave, a que está fazendo - outro dos anciãos se pronuncia

Sei de tudo que esses vermes fizeram escondido. Contra minha mãe, contre meu reino. Traidores!

- ouçam o que eu digo, vocês vão cair - minha voz mostra toda meu desprezo por eles

-  E o que pretende fazer a respeito, é uma simples princesa que amanhã se tornará rainha. Nós continuaremos no poder. Estamos aqui antes mesmo de sua mãe assumir o trono! E não vai ser um simples menininha que vai mudar isso - um dos anciãos pronuncia com arrogância

- O erro de vocês homens, é subestimar uma mulher. Tolos, não enxergam o inimigo na sua frente. Verei com muito prazer cada um caiar, e me satisfaz ainda mais saber que serei a causadora. - me levanto indo até a porta mas paro ao ouvir um grito

- você não sabe com quem está se metendo garota! - ele grita fervendo de raiva, mas sinto no fundo o medo camuflado

- não! Vocês que não sabem com quem estão se metendo. - e ao terminar de falar saio da sala, os deixando para trás

Enquanto não me verem como inimiga, não perceberão o perigo os rondando.


Caminho para o único lugar que me transmite paz. A clareira que meus pais costumavam me levar quando pequena

Ainda lembro dos momentos marcantes que vivi nela. Com minha família

Família,algo que já não tenho mais

Ao chegar nela, me sento enfrente a uma enorme árvore

Deixo minha cabeça pender para trás, enquanto fecho os olhos lembrando uma memória a muito tempo esquecida


Eu estava com meus onze anos, estava nessa mesma clareira treinando com meu arco e flecha sozinha

Estava ocorrendo uma reunião entre os cinco Reinos, não sei o motivo dela. Meus pais não me contaram

Quando ia soltar mais uma flecha com fogo  em direção ao alvo

Sinto uma presença me olhando em meio as árvores

E num rápido movimento, me viro soltando a flecha que para cravada na árvore, milímetros de distância do rosto do garoto que estava assustado.

- Você por acaso é louca! - Exclama o garoto olhando horrorizado da flecha para mim

- Eu que lhe devo perguntar isso! Porque estava me espionando?! - a garotinha ruiva pergunta estressada

- eu só tinha achado encantador a forma que você parecia gostar de manejar o arco e flecha, mas já me arrependo, é só uma louca homicida! - O garoto pronuncia

A ruivinha só revira os olhos para o garotinho portador de lindos olhos azuis

- para de ser um bebê chorão, a flecha nem te acertou!

- por pouco! Sua desmiolada

- se eu quisesse te matar eu teria o acertado, eu não erro

- Que acolhedor, me sinto seguro - o garotinho moreno irôniza

- afinal quem é você? - A garotinha pergunta após mais um revirar de olhos

- me chamo kaylab, príncipe de Armadion mylade - o garotinho pisca um olho para a ruiva

- eu sou theodosia, princesa de Alradon

- vou te chamar de foguinho

- E quem te deu tal liberdade? - a garota pergunta

- eu mesmo, foguinho- o moreno responde com um sorriso

A pequena ruiva simplesmente da as costas para o garotinho enquanto volta para seu treinamento ignorando a presença
Dele. Ele até que é bonitinho... Pensa com um pequeno sorriso no rosto



Abro meus olhos saindo da lembrança, kaylab...

Nunca mais o vi depois desse dia. E agradeço, garoto chato

Volto para o castelo determinada a descansar um pouco, no dia seguinte iria se tornar rainha e sabia que dali para frente descansar seria difícil

















NO REINO VIZINHO

-O que a trás a Armadion? - um homem de estatura baixa pergunta a visitante curioso

- tenho informações únicas de Alradon que pode  gostar de saber, majestade. - A garota que estava com um capuz escondendo sua indentidade se pronuncia

- estou curioso, prossiga - o governante do segundo maior reino pronuncia com um sorriso macabro enquanto acaricia a barba

A guerra está para começar....
 

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