banguela

836 108 41
                                    

Fiquei pensando em como a Natália ia gostar de ter um cachorrinho com ela. O capítulo não ficou dos melhores, mas eu tô completamente apaixonada pela Banguela.

Espero que vocês se apaixonem também!

••

Natália escuta a porta abrir e vira o rosto de onde está sentada no sofá.

"Ué, já chegou?"

Carol entra com uma caixa esquisita na mão. Ela está sorrindo, mas Natália percebe logo de cara que alguma coisa não está exatamente certa em seu rosto. Ela parece um pouco insegura.

Peraí, caixa com furos? Natália levanta rapidamente do sofá, os olhos levemente arregalados porque, de repente, ela acha que sabe do que se trata. Para confirmar seus medos, Carol abre a caixa, revelando um cachorrinho preto.

"Não. Absolutamente não."

"Amorr."

"Não." Cruzando os braços.

O cãozinho encara entra as abas da caixa e logo pula no chão, abanando o rabo.

"Pelo amor de Deus, onde você arrumou isso?"

"Então" Suas bochechas estão vermelhas e Natalia se controla para manter a pose e lutar pelo seu ponto de vista, quando ela parece tão fofa assim. "Acharam ela na Universidade no meio da neve, quase congelada. Ninguém queria ela, amor."

"Nem a gente, né?"

"Mas ela tava sozinha na neve, Natália."

"Então chame o controle animal. Não sei cuidar de animais, Carol." Ela faz um bico, as sobrancelhas franzidas.

"Só até ela achar uma família, por favor?" Se aproxima, os lábios bem perto dos da esposa."Sim?"

Carol senta no sofá e puxa Natália com ela. A cachorra vem atrás, pulando ao redor da fotógrafa.

"Ah não."

"Ela gostou de você."

"Nem começa, Carol."

"Mas é verdade. Olha."

Natália faz cara feia, mas continua sentada, observando o bichinho se acomodar aos seus pés.

••

Natália acorda desnorteada, o relógio marcando três da manhã. Carol está agarrada a ela, os braços envolvidos em sua cintura.

Sinceramente, não é possível compreender como ela está dormindo enquanto tem um animal chorando em sua cabeça.

A cadelinha está na ponta da cama, os olhinhos encarando Natália no escuro.

"Você" Ela aponta "Para com isso!"

Será que é fome? Mas tem ração naquela tigela.

Natália sai lentamente da cama, Carol resmunga, antes de se virar e voltar a dormir.

A cadelinha a acompanha, as patas fazendo um barulhinho engraçado no piso de madeira.

"O que você quer, cachorra?"

Ele apenas a encara.

"Você tem cara daquele bicho do filme. Banguela, né?" Ela a ignora, correndo em direção ao pote que Carol colocou mais cedo.

Está cheio. Mas assim que ela para em sua frente, a cachorrinha começa a comer.

"Ah, você tá de brincadeira comigo."

Mesmo irritada, Natália espera pacientemente ela terminar, se perguntando o que fez para merecer ter um pulguento em casa.

Tudo bem que ela sempre foi meio afeiçoada por cachorros - a única vez que chorou e tal - mas daí a adotar um, é um caminho muito longo a percorrer.

duetos | narolOnde histórias criam vida. Descubra agora