Shameless

1.4K 166 65
                                    

Shameless - Camila Cabello

POV MON

-Não esperava por sua visita hoje. - Digo, ao notar que Samanun atravessou a porta.

-Espero que seja uma surpresa agradável. - Ela mantém sua postura, e começamos aquela dança que tanto nos agrada.

-Sempre é. - Observo ela abandonar seu sobretudo na poltrona no canto do quarto. - Teve um dia ruim?

-Você não imaginaria o quanto. - Ela suspira, e sei que ela se refere ao trabalho. Sempre é sobre o trabalho.

-Talvez eu possa fazer algo por você. - Deixo um sorriso escapar ao ver que seus olhos se prenderam em mim, mais precisamente na minha camisa branca um pouco aberta e na gravata frouxa pendurada em meu pescoço, eu sei que ela ânsia puxá-la para me ter sobre seu corpo e eu evito deixa-la passar vontade, ao menos agora.

-Não tenho certeza. - Ela gosta de me provocar, de duvidar de minha capacidade em realizá-la mesmo já tendo provado de minha eficiência inúmeras outras vezes.

-Já esqueceu da última vez que estevemos aqui? Samanun... Fazem apenas três dias. - Coloco uma mão em cada braço da poltrona onde ela está, inclinando-me para ela ver que por baixo da blusa eu não visto nada.

Seus olhos se perdem ali e então ela sorri, do jeito mais sacana possível.

-Talvez. - Sua mão encontra a minha gravata, exatamente como eu esperava que ela fizesse. Sei como seus desejos funcionam.

-Será um prazer lembrá-la outro dia. - Faço menção de sair mais ela me prende pela gravata em suas mãos, puxando-me de volta.

-Hoje e agora. - Seu tom de voz perfura minhas barreiras, aquelas que levanto para fingir ser capaz de resistir a ela. -Uma hora, é tudo que você tem. - Responde, como se eu não soubesse que eu poderia ter mais dela apesar de me impor um tempo limite para aquela dança.

-Vamos esperar o tempo exceder para descobrir se você irá de fato querer parar.

Sam me puxa para mais perto, seus lábios quase tocando nos meus, sinto sua respiração quente tocando meu rosto e o cheiro de bebida invade meu olfato. Me pergunto se Whisky era a sua dose de coragem para estar aqui.

-Seu tempo está passando, Kornkamon.

-Não. - Deslizo minha língua contra seus lábios, provocando-a. - O seu está. - O sorriso no meu rosto fica maior ao me afastar dela, sem a relutância dessa vez de prender minha gravata em sua mão.

Ela não me responde, apenas aceita que perdeu sua dominância costumeira na nossa dança, na conversa antes de entrarmos em modo entorpecente causado pelo prazer. Volto para a poltrona em que eu estava antes pacientemente esperando que ela suspire novamente cedendo ao que quero. E é quando ela me olha, enquanto se levanta para caminhar até onde a pouca luz do cômodo me permite vê-la, que eu sei que venci mais uma vez. Suas mãos alcançam a borda do seu vestido infernalmente colado ao seu corpo, erguendo ele junto com suas mãos em uma lentidão torturante. Seu corpo está livre da peça que me impedia de visualizar sua pele, todas as demais são de meu desejo retirá-las mas não informo a mulher a minha frente desse meu desejo.

-Tire para mim. - Ela pede colocando seu pé entre minhas pernas na poltrona depois de deixar o escarpim no chão.

Suas mãos ajeitam o próprio cabelo bagunçado pelo vestido enquanto seus olhos ainda estão em mim, sua cabeça levemente inclinada manteve um lado do pescoço exposto e toda aquela visão composta por uma sensualidade absurda parece mover-se em câmera lenta.

Beije-os até que eu mude de ideiaOnde histórias criam vida. Descubra agora