Capítulo 10

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Então foi isso; ele não era mais um estudante de Hogwarts, estava livre e tinha toda a vida pela frente... mas simplesmente não conseguia ficar feliz com isso.

Harry olhou para a direita, onde todos os seus amigos e colegas de graduação conversavam jovialmente; todos exceto um, Draco Malfoy.

Quando Harry se aproximou, Draco expressou seus pensamentos e falou.

— Então Potter, finalmente terminou, hein?

— Finalmente — respondeu Harry em um tom monótono. — Como você está realmente, Draco? Eu sei que você desejou até o último minuto que Severus aparecesse...

Draco cerrou a mandíbula.

— Podemos simplesmente não falar sobre isso? Além disso, é com você que estou mais preocupado... Você está realmente pronto para deixar o castelo para sempre sem vê-lo uma vez?

— Não, Harry! — exclamou Hermione em tom abafado ao aparecer ao lado deles. — Você prometeu não fazer isso e, além disso, as carruagens vão partir em 15 minutos.

— Diga-me — disse Ron entrando na conversa, — por que estamos discutindo isso no meio do Salão Principal, cercado por metade da escola? Snape vai nos matar se isso vazar.

— Não há nada para discutir — disse Draco, — Você tem que tentar uma última vez antes de ir embora ou sempre ficará em dúvida.

— Ele virá até você se for para ser — rebateu Hermione.

— É uma escolha difícil, Harry, mas você passou o ano todo fazendo o que todo mundo diz — disse Luna, fazendo todos se voltarem para ela, — talvez desta vez você deva fazer o que acha que é certo... o que seu coração lhe diz para fazer...

— Meu coração me diz para ir até ele, mesmo que seja apenas para me despedir...

Hermione apareceu ao lado de Harry e deu um tapinha em seu ombro.

— Então faça isso, Harry. Me desculpe, todos nós estamos apenas observando de fora, não temos ideia exatamente do que você está passando... é claro que você merece ve -

Hermione parou abruptamente e tossiu para encobrir seu deslize, mas Harry continuou.

— ...vê-lo uma última vez... — ele suspirou, — sim, estou indo agora, mas encontro você nas carruagens, certo?

— Claro, cara — respondeu Ron.

Harry deu um último aceno para seus amigos e se dirigiu para a porta.

— Sr. Potter, estarei esperando uma coruja sua em breve.

Harry parou e se virou para McGonagall.

— Claro, professora; ainda há algumas coisas que preciso resolver primeiro.

McGonagall sorriu calorosamente para ele antes de mandá-lo embora.

Harry correu até a torre da Grifinória e rezou para que os elfos domésticos ainda não tivessem levado suas bagagens para o trem.

Ele quase caiu ao entrar na sala comunal, tropeçando na grande pilha de malas dispostas na entrada. Harry contou suas estrelas da sorte e imediatamente localizou a sua. Um dos elfos domésticos olhou para ele com desconfiança enquanto ele vasculhava seu malão por alguns segundos, finalmente emergindo com um pacote marrom antes de dizer um "até logo" apressado para o elfo e sair correndo novamente.

Foi outra corrida louca para descer às masmorras, mas assim que chegou à porta de Severus ele parou por um momento para se recompor.

Era a primeira vez que ele esteve aqui desde o Natal passado e ele sentiu todos os tipos de sentimentos bombardeá-lo, mas principalmente o sentimento de tristeza o dominou. Havia uma dor surda em seu coração e ele sentia como se não conseguisse respirar, mas estava acostumado com tudo isso, sentia isso todos os dias.

10 Things I Hate About You | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora