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" Se lágrimas servem para lavar a alma.
A minha está purificada de toda angústia. "


22;00 da noite...

Sonho

" Encontro-me no jardim da minha casa, brincando com o Ruffus entre as flores. Os fios dos pelos dele brilhavam, por causa da luz do sol daquela tarde.

— Ruffus! — Gritei.
— Venha aqui garoto! — Estava correndo atrás do mesmo, para fazer carinho.

Ao longe, pude perceber que papai e mamãe estavam conversando.

O latido do Reffus me fazia rir enquanto corríamos pelo jardim.

— Floquinho, venha aqui, querida!
— Papai me chamou.

— Estou indo, papai! — Corro em direção a eles.

— Vem Anny, já estamos indo! — Mamãe me chamava com uma mão, e a outra estava segurando o antebraço do meu pai.

Eles estavam virados contra o sol e não pude ver seus rostos.

Entretando, no meio do caminho, o Ruffus pulou em cima de mim e eu cai. Ele ficou inquieto, pulando e ao mesmo tempo lambendo meu rosto.

Ao longe vi meus pais saindo andando devagarinho.

— Mamãe! Papai! Esperem por mim por favor! — Gritei tentando sair das investidas do Ruffus.

Portanto, quanto mais eu gritava, mais eles estavam se distanciando e o sol ia se pondo enquanto eles andavam. Eles estavam seguindo o sol.

— Mamãe! Papai! — Gritei soluçando e implorava, chamando suas atenções para mim.

Porém, eles não me escutavam."

— Mamãe! Papai! — Acordei chamando os dois.

Entretando, senti algo quente rolando em minhas bochechas. Os meus olhos estava com ardência, então levei minhas mãos ao rosto, fechei os olhos e, toquei as pálpebras do meus olhos, senti algo molhando no local.

Lágrimas.

Lágrimas estavam escorrendo sem parar dos meus olhos.

— Mas, porque? — Pergunto-me cobrindo meu rosto com minhas mãos.

Começo a limpar meu rosto molhado com as costas das minhas mãos, assim que termino, começo a olhar o teto do meu quarto.

Meu quarto têm as paredes azuis, com o mesmo tom do céu. Meus móveis são brancos, com as maçanetas douradas, exceto minha cama, que é feita de madeira escura maciça. Ela se encontra localizada no centro do meu quarto. O teto tem imagens de anjos com nuvens, e o rodateto é dourado. No centro do teto encontra-se um lustre, que tem detalhes de madeira com larguras finas e planejadas de forma rústica, com pequenos pingos de vidro amendoados. Seu formato é espiral, o que me faz admirá-lo todas as noites. Suas luzes são brancas e encontram-se no seu centro. O reflexo da luz quando acesa a noite, fica em tom amarelo por causa dos pingos amendoados dos vidros. No cantinho do quarto está a caminha do Ruffus, ele está deitado nela e, encontra-se em um sono agitado, pois não para de se mexer enquanto dorme. No minuto anterior, eu estava olhando para ele e pensando.

Coloco a mão esquerda em meu peito, e percebo que minhas batidas cardíacas estão aceleradas. — Meu coração, está acelerado por qual razão? — Fico confusa.
— Será o motivo por causa do meu sonho?
— Fico perdida em pensamentos confusos e complexos.

Minutos depois...

Eu estava no meu quarto, quando ouço um barulho de telefone ecoar na sala. Meu quarto fica na terceira porta a esquerda da escada, na esquina, no sentido para ir à biblioteca.

Mamãe contou-me que, quando eu era um bebê de dois meses, tinha uma obsessão por letras e números. Ao completar três anos de idade, meus pais contrataram professores para me darem aulas particulares, ensinando coisas básicas de português e matemática. Com os avanços no ensino das matérias, já conseguia identificar palavras, o que facilitou minha aprendizagem da leitura com aquela idade, além de resolver operações matemáticas como soma, subtração e divisão, com alguns bônus como raiz quadrada. Ao completar cinco anos, sabia ler, escrever e realizar operações matemáticas de forma correta.

Depois de uns minutos escuto passos na escada, subindo e virando a esquerda o que leva na direção do meu quarto. E logo uma sombra de pessoa aparece e para na frente da porta do meu quarto, e escuto batidas em seguida.

Toc, toc, toc...

— Só um minuto. — Sento-me na cama, encostando a costas na cabeceira da mesma. — Entre, por favor.
— Respondi e a porta abriu-se, revelando quem era.

Minha tia Belly.

Sua face estava tão abatida, que seus olhos demoraram para me olhar. Porém, assim que encontrou meu rosto, ela retomou a postura e limpou a garganta, como se estivesse voltando aos sentidos.

Puxou o ar longamente e depois suspirou suavemente, após essa suposta tentativa de se acalmar. Colocou as duas mãos juntas na frente de si.

— Temos que conversa Annyca. — Disse com sua voz trêmula e um pouco rouca.

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Página dois — Annyca têm um sonho estranho com seus pais, e logo após,  descobre algo após o pronunciado da tia na página anterior.  Será que foi realmente só um sonho? Ou um aviso? Um premeditado daquilo que acontecerá na página seguinte?

Vejo vocês em breve ser humaninhos ❤

A garota de vidro.Onde histórias criam vida. Descubra agora