LUARA
Ao chegar em casa, ouvi gemidos vindo do andar de cima e não quis acreditar que era o Polegar me traindo dentro da nossa própria casa.
Ele não seria tão sujo assim... Seria?
Subi os degraus da escada rapidamente e ao passar pelo quarto do Tuka, arregalei os olhos ao vê-lo transando com a Diovana, sua nova ficante, e tive que conter uma gargalhada quando percebi que ele estava com dificuldade de encontrar a entrada da sua buceta mesmo com a garota estando de quatro para ele.
Homens... Mal sabem onde fica o clitóris!
— Vendo o teu macho dos sonhos fodendo outra? — Polegar sussurrou no meu ouvido, me fazendo soltar uma risadinha, pegou o meu braço e me puxou para dentro do nosso quarto.
— O Tuka tá realmente gostando da Dio, não é? — comentei, tentando mudar de assunto.
— Ela é fácil e faz tudo o que ele quer. — Meu namorado começou a tirar a sua roupa e eu assenti.
— Igual eu sou com você.
— A diferença é que você não tem pra onde ir e ela é gorda e sabe que não é qualquer homem que assume uma mulher daquele tamanho!
— Polegar?! — o repreendi e o olhei sério.
— Eu tô mentindo, Lua? A maioria pega no sigilo, mas não assume e quando assume é só pra comer e cair fora depois.
Neguei com a cabeça.
— As coisas mudaram, Polegar. Não é como no seu tempo que homens só queriam mulheres extremamente magras.
— Tu nem é tão gorda e eu duvido que outro cara além de mim iria querer te dar o posto de namorada, então imagina pra uma mina que tem a bunda três vezes maior que a sua.
Engoli em seco ao ouvi-lo falar do meu corpo e resolvi ficar calada, porque não iria adiantar tentar dialogar se o Polegar iria tentar me humilhar de todas as formas possíveis para me convencer que está certo.
Ouvir os gemidos da Diovana deixaram a minha mente fervilhando, porque eu até tento fingir que não tenho tesão pelo Tuka, mas não consigo controlar os meus sentimentos controversos em relação ao melhor amigo do Polegar, principalmente quando estou ouvindo uma garota gemendo o seu nome.
Eu amo meu namorado e agradeço todos os dias por ele ter me livrado do inferno que era a minha vida depois que o meu padrasto tentou me estuprar.
O problema é que a minha buceta não entende que não pode ter duas rolas bandidas ao mesmo tempo.
Tenho que dar um jeito nesse desejo pelo Tuka, porque, se eu continuar demonstrando que tenho interesse no chefe da facção que meu namorado faz parte, vou acabar careca ou morta.
— Se arruma que a gente vai pro baile funk, Lua.
— De novo?!
— Se tu não quiser ir, fica aí, mas não reclama depois.
[...]
Eu, Polegar e Tuka fomos para o baile funk e foi até divertido, mas dei graças a Deus quando estacionamos o carro na garagem da casa onde nós três morávamos e eu fui a primeira a abrir a porta e sair do automóvel.
— Pra onde tu vai com essa pressa toda, Lua? — Tuka pergunta rindo.
— Tô apertada, tenho que ir...
Antes que pudesse terminar a frase, fui interrompida pelo Polegar completamente bêbado:
— E bote apertada nisso, né meu amor? Se a gente passa dois dias sem foder parece que tu volta até ser virgem de novo. Lembra que o meu pau quase não entrou nela da última vez que você fez greve de sexo.
— Tá me expondo desse jeito porque quer que o Tuka me coma ou tá propondo um ménage, Polegar? — questionei ao me sentir incomodada com meu namorado dando informações demais sobre a minha intimidade na frente do seu amigo.
— Tu tá me tirando de otário, Luara? — O homem veio na minha direção e o Tuka segurou ele pelo braço, o impedindo de avançar em cima de mim.
— Você é patético! — gritei e me virei, indo em direção a entrada da nossa casa.
Ainda foi possível ouvir a risada nervosa do Tuka quando o Polegar deu um tiro para o ar falando que ninguém come a mesma buceta que ele.
Subi a escada com pressa e entrei no banheiro do corredor.
Fazer xixi depois de longos minutos segurando é quase um orgasmo.
Aproveitei para tomar um banho demorado, porque precisava lavar meu cabelo e tirar o suor da minha pele.
Quando saí de dentro do box, peguei a toalha do Tuka que estava pendurada para me cobrir e segundos depois, o Polegar abre a porta e me encara sério.
— O que foi, amor? — indaguei com um sorriso divertido.
— Quero te perguntar uma coisa e quero honestidade da tua parte, tá ligada?
— Claro, Polegar. Pode perguntar.
— O que tá rolando entre tu e o Tuka? Não mente pra mim, Lua.
— Não tá rolando nada, Polegar. O que eu falei sobre o ménage foi apenas uma brincadeira e sinceramente, se eu soubesse que você ia ficar tão ofendido não teria dito nada.
— Tu acha que eu não percebo os olhares entre vocês? Tu acha que eu sou burro? — ele perguntou gritando vindo até mim e puxou o meu cabelo com força usando uma de suas mãos ao mesmo tempo que apertou o meu pescoço com a outra, me encostando na parede gelada.
Não era a primeira vez que ele me agredia e a verdade é que as agressões só tinham diminuído depois que o Tuka se mudou para a nossa casa, porque o amigo do Polegar sempre saia em minha defesa.
— Nunca aconteceu nada, nunca mesmo — afirmei com dificuldade e tentei tirar suas mãos de perto de mim. — Você tá me machucando! Me solta, por favor!
— Se eu pelo menos sonhar que tô levando chifre, eu mato os dois — Polegar ameaçou. — Vou morrer junto? Provavelmente sim, mas me recuso a ficar com fama de corno dentro da minha favela.
— Sua favela? — Tuka apareceu na porta do banheiro e eu não sabia se a sua presença era algo bom ou ruim para mim naquele instante. — Primeiro que quem tá acima de você nessa porra sou eu e segundo que se tu não se garante e não confia no teu taco, o problema é teu, não da tua namorada.
— Não se mete em briga de marido e mulher, porque se tu é solteiro e não tem ninguém, não tem direito de falar nada da vida a dois dos outros — Polegar rebateu, mas se afastou de mim, porque respeitava o Tuka como nunca iria me respeitar.
Coloco minhas mãos em volta do meu pescoço massageando suavemente e engulo a vontade de chorar.
— Engraçado tu se lembrar que não é solteiro só quando quer bater nela, né? Porque na hora de foder outras minas por aí, inclusive as minas que ela conhece, não vejo tu pensando nisso — Tuka jogou as verdades na cara do seu amigo e eu abaixei a minha cabeça completamente envergonhada.
Óbvio que eu sabia que era corna, afinal, que mulher de traficante não é traída?
Já me meti com o Polegar sabendo que ia me sujeitar a muitas situações degradantes e os chifres bem grandes e bonitos para enfeitar a minha cabeça eram apenas o começo de toda tragédia que viria ao aceitar ser mulher de bandido.
Não me importava no início do nosso relacionamento quando ele estava com outras garotas, mas comecei a gostar dele depois de alguns meses de convivência e quando isso passou a me fazer sofrer, fiz de tudo para me desapegar, mas, no fundo, ainda amo ele.
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RENDIDA PELO CHEFE DA FACÇÃO [degustação]
ChickLit[Este livro não retrata a realidade nua e crua das favelas, é apenas uma história fictícia com o intuito de entreter] Ao deixar a casa de sua mãe em busca de refúgio contra o assédio contínuo de seu padrasto, Luara decide viver com Polegar, um dos t...