Capítulo 5

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Gatilho: violência contra mulher

LUARA

Haviam se passado duas semanas desde o incidente do baile funk e as provocações entre mim e o Tuka só aumentaram com o passar dos dias.

Ele havia encontrado um lugar para morar, mas ficava enrolando para sair da casa do Polegar, porque sabia que nos veríamos poucas vezes e não teríamos muito momentos sozinhos como atualmente.

— Bom dia, pauzudo — cumprimentei o Tuka ao entrar no banheiro sem bater e encontrá-lo tomando banho embaixo do chuveiro.

— Acordou cedo, bandida. — Seus olhos varreram o meu corpo coberto por um pijama rosa justo e curto.

— Queria ter acordado mais cedo pra deixar a minha calcinha pra você se aliviar.

Tuka soltou uma risada curta antes de fechar o chuveiro e pegar uma toalha para enrolar na sua cintura.

— Peguei uma limpa da máquina de lavar, não é o mesmo cheiro, mas deu pra me ajudar na imaginação.

Ele entregou a minha calcinha dobrada na minha mão e ao abrir a peça íntima, me deparei com o seu esperma nela.

Sorri maliciosamente na sua direção, levei o meu dedo em direção ao fundo da peça íntima, lambuzei a ponta do meu dedo, encostei nos meus lábios e provei seu líquido.

— Luara — Tuka praticamente gemeu meu nome.

— Quando vou poder sentir o gosto direto do seu pau, Tuka? — Me aproximei dele.

— Teu namorado pode aparecer a qualquer momento, porra! Não faz isso...

— Você tem que me comer antes de se mudar...

— Nem me lembra que na casa nova não vou ter suas calcinhas com o cheiro da sua buceta pra bater punheta — Tuka sussurrou no meu ouvido antes de sair do banheiro.

Suspirei fundo para controlar a minha excitação, porque o Polegar havia ficado mais esperto em relação a um possível par de chifres que eu e o seu melhor amigo poderíamos colocar na sua cabeça.

Olhei meu rosto no espelho e notei que o roxo no meu olho sumindo a cada dia.

O Polegar havia me dado um soco quando mencionei que a Mayana fez certo em ir embora e deixá-lo sozinho no meio de uma discussão sobre eu querer entrar para uma faculdade.

Enquanto o Tuka costuma ser gentil e me incentiva a estudar e trabalhar, o Polegar me trata mal e ainda finge que não sabe o motivo de eu querer ficar com o seu melhor amigo.

— Cadê a Lua? — A voz do meu namorado chegou aos meus ouvidos segundos depois que o Tuka saiu do banheiro e o meu coração acelerou.

Merda!

— Tá aí dentro, cara! — Tuka respondeu com sinceridade sabendo que se mentisse e o Polegar descobrisse seria muito pior para nós dois. — Ensina a tua mulher a bater na porta.

— Essa vagabunda só sabe bater punheta pelo jeito.

Eu poderia ter sentido vontade de rir pela sua resposta se não tivesse reconhecido o tom de ódio no seu timbre de voz.

Ouvi os passos do Tuka se afastando do corredor, indo em direção à escada e engoli em seco sabendo que o Polegar ia entrar a qualquer momento para brigar comigo.

— Tu quer morrer, Lua? — Polegar perguntou, mas sabia que era retoricamente, por isso permaneci calada. — Quantas vezes vou ter que dizer pra ficar longe do Tuka?

— Eu bati antes de entrar, acho que ele não escutou — menti e abri o pequeno o armário em cima da pia para pegar meus produtos para fazer skin care, tentando não demonstrar o meu nervosismo.

— Por que tu ainda insiste em andar com roupa curta sabendo que tem outro homem dentro da minha casa? — Polegar puxou meu cabelo para trás e me jogou em direção ao box.

— É um pijama normal, Polegar! O Tuka nem olha pra mim com segundas intenções

Meu namorado estava vestindo apenas uma bermuda preta e eu agradeci mentalmente que não ia apanhar de cinto outra vez quando ele começou a me dar tapas e socos pelo meu rosto.

— Abre a porta, Polegar! — Tuka gritou do lado de fora e forçou a porta algumas vezes.

Quando o Tuka conseguiu entrar no banheiro e tirou o Polegar de cima de mim, eu já estava bastante machucada pelas agressões que sofri do seu amigo.

— Te acalma, porra! — Tuka pedia insistentemente segurando o amigo por trás no meio do corredor. — A tua mina não fez nada, caralho!

Eu me esforcei para levantar e ao passar pelo espelho, vi o estado do meu rosto vermelho e ensanguentado.

— Só tô ensinando a essa puta a agir como uma mulher de verdade! — Polegar afirmou.

— O problema sou eu, não é? Então, eu vou embora daqui pra deixar os dois em paz, porque não aguento mais ver essa merda entre vocês.

— Não tem nada a ver contigo, Tuka. Tem a ver com respeito que essa vagabunda não tem por mim mesmo depois de tudo que fiz por ela.

— Polegar... — Tentei falar, mas o choro preso na garganta não deixou eu formular uma frase.

— Eu deveria ter te deixado na sua casa, Lua! — Polegar gritou. — Seu padrasto tentava te agarrar à força, porque tu devia dar a mesma confiança que dá pro Tuka.

— Caralho, mano! — Tuka soltou o Polegar e o encarou sério. — Se separa logo, cara! Se é pra ficar falando esses absurdos pra tua namorada, deixa ela ir embora, porque nenhuma mulher merece ouvir essas merdas.

— Mulher minha só sai daqui morta!

RENDIDA PELO CHEFE DA FACÇÃO [degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora