𝒫𝓇ó𝓁𝑜𝑔𝑜

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𝐀𝐋𝐘𝐂𝐈𝐀

Miami Flórida,1995

Nasci no dia 18/09/1989 e para a minha mãe eu era a sua maior alegria. No entanto, para o meu pai, eu era um erro. O motivo era simples: ele queria um herdeiro. Mas tudo isso mudou nos primeiros minutos em que ele me segurou pela primeira vez em seu colo, ele disse que, naquele momento, conheceu um amor incondicional, um amor sem limites e verdadeiro que nasceu junto comigo.

Com o passar dos anos, fui crescendo e me tornando cada vez mais esperta, mas nada disso me preparou para lidar com a minha primeira perda. Eu tinha apenas cinco anos quando encontrei minha mãe morta no tapete

— Mamãe, olha o que desenhei para você. - Disse enquanto entrava no seu quarto com um sorriso no rosto segurando o desenho na mão. No entanto, nada poderia ter me preparado para ver minha mãe deitada de bruços no chão, com sangue escorrendo do seu nariz e o quadro da nossa família quebrado a alguns centímetros dela.

Desesperadamente, chamei por ela, mas não houve resposta, corri em sua direção e me abaixei, deitando meu rosto em suas costas, começando a chorar. Meu mundo havia se partido e minha mãe havia falecido.

— Querida, cheguei! Alycia, minha pequena, onde você está? Papai trouxe um presente — ouvi meu pai me chamar, mas não quis me afastar de perto da minha mãe, estava sentindo uma dor que nunca imaginei sentir, a dor de perder alguém.

Ouvi o som de seus passos se aproximando do quarto e de repente ouvi um grito desesperado dele chamando pela minha mãe.

— Querida, por favor, acorde! Por favor, querida, abra os olhos. Não me deixe, o que farei sem você? O que será de nós sem você, meu amor? - Dizia meu pai em agonia.

Ele se sentou ao meu lado e puxou a mamãe para o seu colo, como fazia comigo quando eu me machucava. Eu nunca havia visto meu pai daquele jeito e essa foi a primeira e a última vez que o vi assim.

Eu estava sentada na cadeira, com alguns petiscos no pratinho, mas não estava com fome, minha mãe havia sido enterrada e pessoas estranhas estavam na minha casa, prestando condolências para mim e meu pai.

Levantei-me da cadeira e segui para o quintal, sentando no balanço e começando a chorar, essa era a única forma que eu conseguia me expressar, e na minha cabeça começou a passar flashes de memória com ela: me ensinando a ler, lendo histórias para eu dormir, fazendo nosso café da manhã juntas todos os dias. Senti uma presença ao meu lado e levantei meu rosto, vendo meu pai tão abalado quanto eu, a única coisa que fiz foi correr para o seu colo, onde me sentia protegida e amparada.

- Oi, minha pequena, sei como você está se sentindo, mas olha para mim, minha doce ragazza. - disse meu pai enquanto eu levantava minha cabeça do seu ombro e olhava atentamente. Com delicadeza, ele passou seu dedo sobre meu rosto, tentando inútilmente limpar as lágrimas que insistiam em cair.

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⏰ Última atualização: May 02 ⏰

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𝘐 𝘞𝘢𝘯𝘯𝘢 𝘣𝘦 𝘺𝘰𝘶𝘳𝘴 | 𝘏𝘰𝘳𝘢𝘵𝘪𝘰 𝘊𝘢𝘪𝘯𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora