Quem eu sou?

429 64 22
                                    

Vanessa Lopes Lima.

É estranho acordar ao lado da Giovanna depois de ontem.

Foi uma pegação bem estranha.

Olho pro lado vendo que Giovanna ainda tá dormindo.

Ainda é muito cedo, 5:45 da manhã pra ser mais exata, o maldito despertador vai tocar em 15 minutos.

Fico deitada encarando as costas definidas dela.

O alarme toca e Giovanna acorda, depois de desligar o despertado ela deita de barriga pra cima.

—  Bom dia — digo.

— Bom dia — ela passa a mão pelo rosto.

É estranho ver ela me respondendo. Mas não tô reclamando.

Ela levanta e se espreguiça antes de ir pro banheiro, a camiseta dela sobe me dando a visão da entradinha definida no corpo dela.

Me levanto e começo a arrumar a cama, depois da Giovanna usar o banheiro sigo minha rotina de todos os dias e vou pra cozinha.

Faço a vitamina da Giovanna e entro nas redes sociais, tem muitos comentários sobre a minha pessoa, não gosto.

Fernanda aparece e vai direto pra geladeira atrás de comida.

— Vai treinar de ressaca?Seu treinador vai te matar. — alfineto.

— Não estou de ressaca,só cansada.

Giovanna aparece na cozinha e se serve com a vitamina. Gabriel aparece logo depois, ele vai com os meninos, vai dar uma passada na academia e depois vai assistir o treino.

Depois que os meninos saíram comecei a fazer as minhas atividades de sempre, estava organizando a sala quando a campainha tocou.

— Eles estão no treino— digo assim que vejo o Nizam.

— Eu sei, vim falar com você — ele passa por mim entrando na casa — o tempo tá passando, não vamos mais conseguir fazer um aborto.

— Aborto? Que aborto ? Eu não estou grávida, já disse isso dezenas de vezes, para de me perturbar.

— Não existe a possibilidade de vocês terem se casado por outro motivo.

— Já parou pra pensar que a gente se casou porque somos apaixonadas uma pela outra? Por que nós amamos.

— Você quer mesmo que eu acredite em uma merda dessas? Você quer que eu finja que você não odeia ela.

— Acho que você precisa entender seu lugar, Nizam. Você é o empresário da Giovanna, cuida da vida profissional DELA, na vida pessoal da minha esposa você não tem direito de se intrometer.

— "sua esposa" — ele ri — isso é patético de se ouvir.

— Patético? Patético é você vir na minha casa querer ditar regras sobre o meu corpo. — digo.

— Eu…

— Não estou grávida, mas se estivesse não seria da sua conta. Seria um problema meu e da Giovanna. Você me entendeu? — ele fica só me encarando e não diz nada.

Odeio esse homem.

— Vai embora — indico a porta — não quero a sua presença aqui, quer falar com um dos meninos,venha quando eles estiverem. Não vou mais atender.

— Certo. Uma hora isso vai vir à tona mesmo — ele sai de casa.

Respiro fundo e viro pra voltar a limpar a sala,mas o corpo masculino parado no começo da escada chama minha atenção.

O Contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora