entre tapas e beijos

quarto escuro

(⬆️Mídia pra aliviar o capítulo haha)

⚠️Aviso: esse capítulo tem representações de violência 🚧

Sua consciência foi voltando pouco a pouco, diante do desconforto que sentia, ele gemeu de for. O local era escuro, puro breu, mau podia-se ver os detalhes em volta. Devido à escuridão, não dava para saber se estava sozinho, tinha medo de ter algo a mais ali com ele o encarando, sendo encoberto pelas sombras.

A segunda coisa que percebeu, foi a dor em sua nuca, que latejava com dores agudas. Sanji se apavorou, ele sentiu seu coração martelar de forma agoniante, e suas mãos cercaram sua barriga de forma protetora, como se temesse que o bebe ali tivesse sofrido algum dano. Como não sentiu dor naquela área, ele se acalmou minimamente, mas continuou segurado ali. Vasculhou pela sala e encontrou algo que parecia ser uma barra de ferro, por segurança ele deixou embaixo do colchão.

Tocou o local que estava sentado, e viu que era macio "um colchão" ele pensou. Inspirou fundo, fazendo cheiro de mofo, ferrugem e poeira entrar em seu nariz, ele tossiu alto por conta da poeira, então, aquele mesmo cheiro de cobre subiu em seu nariz.

- Vejo que já acordou, querido- exclamou a voz, era feminina e banhada de sarcasmo. Veneno.

Sanji se assustou, sem saber exatamente da onde a voz vinha, ele se encolheu no colchão velho.

- Quem é você! O que quer comigo?!!!- gritou, enquanto girava a cabeça em todas as direções.

A voz riu, sua risada fez Sanji se irritar mais ainda.

- Você é tao fofo.

- Quem é você?, me solte!- nesse momento, a luz foi acessa.

Sanji reconheceu rapidamente a face da sua sequestradora. Pudding.

- Hm, não lindo, vamos ficar aqui. Nos dois.

- Você é complemente maluca!- Sanji arregalou, ele estava começando a ficar realmente apavorado- o Zoro vai me encontrar e...

- Eu duvido que aquele desgraçado te encontre querido- ela riu e se aproximou- Eu já te disse, vai ser só eu e você.

Sanji só entendeu o que ela quis dizer quando sentiu uma pancada forte sendo deferida contra sua barriga.

As lágrimas desceram pela sua bochecha enquanto ele enrolava os braços entorno da barriga. "Não, meu bebe não!" ele repetia em sua cabeça, pois não tinha mais voz. Seu coração batia rápido e seu medo aumentava a cada segundo, Sanji nunca foi religioso, mas rezou por todos os deuses para que seu bebe estivesse bem. Mais chutes vieram depois, mas Sanji protegeu sua barriga, fazendo com que suas costas fossem machucadas pelo salto da alfa. Sanji era forte e sabia defesa básica, mas agora ele estava grávido e quem batia nele era uma alfa furiosa.

- Você é uma vagabunda que deu para o primeiro que encontrou!- ela gritou agarrando o cabelo do loiro de forma dolorosa.- Era para você ser meu! Mas aquele imbecil apareceu e enfiou essa aberração em você.

Sanji estava sem fôlego, suas costas doíam e seu estomago latejava igual á sua nuca.

- Meu filho não é uma aberração- ele sussurrou com a voz tremula.

- Então você ainda consegue me responder- ela riu e jogou Sanji para o colchão.

O loiro respirou fundo, tentando se levantar.- Eu queria te conquistar, te fazer gostar de mim! Mas você, uma vadia, não conseguiu esperar. Tudo bem! Eu te perdoo- ela sorriu- só vou ter que tirar essa coisa de você primeiro.

O corpo do loiro gelou, sua mão protegeu seu abdômen enquanto chorava, de repente ele lembrou do abraço quente de Zoro que contrastava tanto com o clima frio desse porão. Ele desejou não ter saído tão tarde, ele desejou ser mais forte, para poder lutar por si e pelas pessoas que amava. Então Sanji respondeu em um tom baixo, quase como um sussurro.

- Eu não ouvi, querido-ela respondeu.

- Eu disse que vou arrancar todos os órgãos do seu corpo, antes que encoste um dedo no meu filho.

Ela riu incrédula.

- O que disse?- riu novamente- parece que vou ter que te ensinar a ser uma boa putinha.

Por sorte naquele porão tinha bastante ferro-velho.

Sanji segurou o ferro com firmeza e acertou a nuca da alfa. Pudding não esperava que sanji ainda estivesse forte o suficiente para rebater.

Enquanto ela cambaleava surpresa com a dor na cabeça, Sanji passou por ela e correu pela porta destrancada do quarto.

.

Zoro tinha chegado em casa finalmente. Ele esperava entrar pela porta e encontrar Sanji esparramado no sofá se enchendo de comida, como sempre fazia, mas quando abriu a porta, encontrou apenas silêncio.

A casa estava vazia, Zoro não entendeu. Ele entrou pelos quartos, mas não encontrou nada, claro, Sanji poderia ter ido dar uma volta, mas ainda assim Zoro se sentia agoniado.

Ele foi até a sala e se sento no sofá, do bolso ele tirou o telefone e discou um número.

O telefone logo foi atendido.

"Fala patrão" a voz de Luffy podia ser ouvida.

"Oi Luffy, então deixa eu te perguntar, o Sanji passou por aí no restaurante?" Dava para sentir a preocupação na voz do alfa.

"Não, cara, ele não veio aqui..." Luffy respondeu confuso.

"Eu cheguei em casa e ele não tava aqui" Zoro respondeu.

"Isso te deixou preocupado? Vai ver ele só deu uma volta, já, já ele volta poh" Luffy tentou acalmar o alfa na outra linha.

" Não sei, tô me sentindo meio estranho com isso"

"Vai ver é porque ele tá grávido e você tá ficando mais protetor por conta disso" respondeu o moreno.

"Não, sei... já sei! Pergunta para Nami se eles se falaram hoje, eles são próximos" até demais, pensou Zoro.

"Tá certo..." Zoro pode ouvir o moreno gritando o nome da ruiva, e pode ouvir o grito dela de volta.

"Não precisa gritar porra" ele pode ouvir a voz feminino se aproximando.

"Oi Zoro" falou Nami.

"Oi, você falou com o Sanji hoje?" Ele perguntou.

"Sim, ele me chamou para comprar sorvete" ela respondeu.

"Ah que horas?" Ele perguntou, sentindo sua ansiedade aumentar.

" 6 e pouco, por quê?"

Zoro engoliu seco e sentiu seu coração errar uma batida, sua mão tremeu, ele quase derrubou o celular.

"São 9:00 e ele ainda não chegou"

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