CAPÍTULO OITO

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"Com meu rosto contra o chãoEu não posso ver quem me tirou do caminhoEu não quero me levantarMas eu tenho que fazer isso"

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"Com meu rosto contra o chão
Eu não posso ver quem
me tirou do caminho
Eu não quero me levantar
Mas eu tenho que fazer isso"

Slipknot — XIX

NO DIA SEGUINTE AO enterro de Miranda, enquanto os familiares se reuniam, cada um carregando o peso do luto, Soraia encontrava-se à beira de um novo começo

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NO DIA SEGUINTE AO enterro de Miranda, enquanto os familiares se reuniam, cada um carregando o peso do luto, Soraia encontrava-se à beira de um novo começo. A despedida final de sua prima não era um ponto final, mas uma vírgula em sua história compartilhada. Com a determinação que lhe era característica, ela escolheu não seguir o caminho de volta para casa com seus pais. Nova York, a metrópole pulsante que havia sido o palco dos últimos dias da jovem, agora se tornava o cenário da missão de Soraia.

Ela estava resoluta em sua decisão de permanecer, sentindo-se inclinada a permanecer na cidade que guardava as últimas memórias da universitária. Soraia estava pronta para trilhar as ruas que havia percorrido, para buscar as histórias não contadas e as verdades escondidas nas sombras da grande cidade. Com um coração pesado, mas um espírito inabalável, ela estava disposta a desvendar, por conta própria, a verdade por trás do trágico destino de sua prima, convencida de que as respostas que procurava estavam ali, esperando para serem descobertas.

Vestida de forma simples, a bela mulher de pele morena e longos cabelos negros cacheados presos em um rabo de cavalo alto, Soraia adentrou o Café Amarelo, um local que Miranda mencionava sempre com afeto. O café era um oásis urbano, suas paredes eram um mosaico de arte colorida e as mesas de madeira carregavam as marcas do tempo. Escolhendo um canto aconchegante, pediu um café preto ━━ Robusto e adoçado, exatamente como sua prima preferia. O aroma do café recém-preparado se entrelaçava com o cheiro doce dos pastéis que saíam do forno, enquanto Soraia desdobrava o jornal do dia. A manchete era um golpe duro, destacando destino trágico de Miranda:

"Estudante Universitária Encontrada Sem Vida em Banheira de Hotel: Suspeita de Suicídio"

A foto acompanhante mostrava Miranda radiante, um contraste doloroso com a seriedade da notícia. Soraia analisou cada frase do artigo, buscando indícios que pudessem ter passado despercebidos. Ela tinha convicção de que havia mais na história; Miranda transbordava vida e sonhos para o futuro. Apesar de seus desafios com a ansiedade, Soraia tinha certeza de que sua prima jamais escolheria terminar sua própria vida.

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