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S/n Montague POV
02:51 PM

Eu dirigia para fora da cidade, um lugar tanto quanto distante. Sadie não havia falado um piu desde que saímos da casa. Curioso, já que todas as minhas vítimas faziam um escândalo de me dar nos nervos.

Em alguns kilometros de estrada de terra, chegamos em uma casa simples, bem cara de ser de família pequena
mas era apenas um disfarce para as autoridades.

Dou a volta na casa e fico na parte de trás dela, apertando um botão que havia em meu relógio e logo uma garagem descendo se abre. Dirijo meu carro até sua vaga e respiro em alívio por estar em casa.

Saio do carro e dou a volta por ele para chegar até a porta da ruiva. Ajudo a mesma a sair e seguro as algemas que prendia suas mãos, guiando ela para o local certo.

Descemos de elevador para o local onde planejamos, discutimos ou até mesmo torturo alguém. Caminho até um quarto que era o que Sadie ficaria, soltando a mesma lá dentro.

Solto as algemas e tiro a mordaça.

-- Você vai passar uns dias aqui. Tem algumas roupas no guarda-roupa, um banheiro... apenas não tem uma janela.

Encaro a garota que me encarava com medo e insegurança nos olhos, me causando um sorriso. Viro de costas e saio do quarto, fechando a porta e trancando a mesma com um cadeado.

Eu caminho para a sala de Mattheo e entro na mesma sem bater na porta.

-- Mattheo! -- Grito, chamando. O garoto branco como neve, de porte alto e cabelos pretos surge do banheiro e me olha, engolindo em seco.

-- Pode me explicar o que aconteceu para eu quase matar a pessoa errada?

-- A casa ainda está no nome dos pais de Sadie, então eu não prestei atenção se tinha alguma observação atualizada. Quando escutei pelo dispositivo o nome "Sadie", eu sabia que tinha algo de errado, aí eu te avisei.. Peço desculpas por isso. -- Assenti.

-- Que não se repita. -- Dei as costas e fechei a porta, caminhando para o elevador.

Eu aperto o botão para o último andar do subterrâneo, onde é minha aconchegante casa.

As portas do elevador se abrem e eu já tenho a sensação de estar em casa. Eu saio do mesmo e já dou de cara com minha sala junto com a cozinha, mais pra frente sendo o corredor dos quartos.

Eu vou direto ao meu quarto tomar um banho, para tentar descansar essa noite.

Sadie Sink POV

Eu afundo meus rosto no travesseiro mais uma vez e enxugou minhas lágrimas com o tecido, tentando acalmar meu coração que batia rápido dentro da caixa torácica.

O sentimento de medo, solidão e insegurança estavam deitados junto a mim na cama, me tirando todo o sono. Principalmente sabendo que uma assassina pode entrar aqui a qualquer momento, atirar em minha cabeça e fazer o que quiser com meu corpo.

Eu me levanto da cama e caminho até o guarda-roupa, observando as roupas empoeiradas e que não combinavam nem um pouco comigo.

Passo meu olhar pelo quarto e ele é literalmente uma cela tipo de prisão. As paredes são pintadas de cores neutras mas elas tem marcas vermelhas.

Eu realmente não quero saber como essas marcas pararam ali.

Eu me aproximo do banheiro e ele era nojento. Exalava um cheiro de cadáver, algo assim.

Me aproximei da pia e me olhei pelo reflexo do espelho trincado. Que situação péssima. Depois, fui até a banheira e abri a cortina, dando de cara com um cadáver estrangulado.

Silêncio Gélido - Sadie Elizabeth SinkOnde histórias criam vida. Descubra agora