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S/n Montague POV
04:23 AM.

Abro a porta do quarto de Sadie lentamente, meus olhos passando pela parte interna da mesma. Guardo o alfinete em meu bolso, enquanto me aproximo do seu corpo na cama e dou alguns tapinhas leves em seu braço. Ela apenas se move, explicando o por que de não ter acordado depois da conversa que tive com Mattheo.

Dou mais alguns um pouco mais forte, balançando seu corpo levemente. Ela me olha assustada, soltando um leve grito. Faço um sinal para que ela fique quieta. Eu me inclino na direção da mesma.

-- Olha aqui, Mattheo vai pagar por tudo o que fez e eu preciso de você. Eu só estou te pedindo apenas um único favor, apenas colabore comigo e me ajude. Eu sei lá... posso te pagar uma bebida. -- Eu digo baixo, respirando fundo. Ela não parecia ter acordado totalmente, mas assentiu. -- Ótimo...

Ela fica me olhando, suas mãos na barra do cobertor segurando o mesmo sobre seu corpo. Suas sobrancelhas se levantam levemente, seus olhos na porta. Entendo o recado.

Dou as costas e saio do quarto, fechando a porta. Fico do lado de fora, de braços cruzados, esperando ela. Olho a hora no meu relógio, até que eu estava dentro do horário que era para estar antes de voltar para casa.

Sadie abre a porta e me olha. Passo pela mesma e desço as escadas, encarando o garoto desacordado.

-- Eu te dou uma recompensa se me ajudar. Dessa vez, sem fugir. -- Me viro para a mais baixa. -- Pode ser dinheiro... algo assim.

-- Depois resolvemos isso, apenas suma com esse garoto. -- Diz rouca. Fico por alguns segundos olhando a mesma mas logo me afasto, segurando Mattheo e pensando como levaria ele até o carro. Respiro fundo, antes de ir até a porta da parte de trás da casa e abrir a mesma.

[...]

O garoto me olhava, seus olhos implorando por alguma piedade. Eu dou um sorriso de canto, observando o mesmo.

-- Sabe Mattheo... entre todas as pessoas que já torturei, você vai ser a mais prazerosa de se fazer. Pois você é um traidor, um irmão de sangue e consideração que aceitou ir na mesma onda que eu, mas... sua lealdade não aguenta mulheres.

Estávamos em uma sala fechada, onde ninguém poderia nos escutar. Mattheo sentado em uma cadeira bem no centro, algemado da forma mais segura para mim.

-- Sadie entre as outras mulheres que você já levou até lá eram gostosas. Sempre observei elas dormindo. -- Ele sorri de forma suja. -- Teve uma que já tinha aceitado a morte e aceitou fazer alguns trabalhinhos em mim, mas que não durou muito já que você a matou de forma brutal. -- Sinto uma pontada de nojo.

-- Todas as pessoas que já levei para dentro daquele quarto, eram sujas, que faziam coisas desumanas em busca de prazer e que mereciam morrer. Você, diferente delas que encontravam a sensação de serem preenchidas matando pessoas inocentes, você encontrava a mesma coisa abusando. -- Respirei fundo, entendendo a gravidade que preenchia a sala. -- Você é doente.

Ele dá uma gargalhada, olhando nos meus olhos.

-- Quer saber, S/n? Você é uma decepção! Acha que mamãe e papai iriam se orgulhar desse monstro que você se tornou?! Você fala do vazio dos outros mas isso porque nunca teve a sensação de se sentir preenchida! -- Fico quieta, encarando seu rosto enquanto suas palavras ecoavam na sala. -- Sabe o que você é?! Um nada! Sua vida é insignificante diante de toda as coisas que você cometeu. Todos saíram da sua vida por sua culpa!

-- Cale a sua boca suja para falar deles! -- Minhas palavras são completamente ignoradas.

-- Infeliz! Onde está a mamãe para passar a mão em sua cabeça, HUM?! -- Sua voz eleva, fazendo que minha raiva chegasse no nível que não poderia mais segurar. Deposito um soco em sua barriga, tentando ignorar as vozes da minha cabeça concordarem com tudo o que foi dito.

Silêncio Gélido - Sadie Elizabeth Sink (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora