+16 | Ele é o puro diabo, ele é a pura maldição. Mas, ele é a maldição que eu mais desejo.
MAEVE FAWLEY uma garçonete de 17 anos que trabalha em uma cafeteira no centro da cidade considerada uma das cidades que é frequentada por terroristas. Mas to...
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Maeve Fawley.
Eu estava completamente dias sem dormir, minha mente não relaxava por nenhum segundo. O que tinha ocorrido dias atrás estava novamente me atormentando como um maldito pesadelo que não tinha fim.
Eu sentia as mãos me puxando para si, eu sentia a mão cobrindo minha boca, me impedindo de gritar por socorro. Sinto o quão firme eu segurei aquela pedra pra atacar o certo alguém.
Até hoje provavelmente iria me pegar pensando se talvez aquilo foi imaginação da minha cabeça e total loucura dos meus pensamentos, se não fosse por Ivanna que realmente me encontrou naquela floresta caindo em sua frente com uma feição desesperadora.
Por que eu sou tão assustada? Essa pergunta percorre minha cabeça a cada instante, minha cabeça dói a cada instante em que me atrevo pensar demais. Talvez seja uma maldição minha.
Não dormi nenhum pouco direito, meus olhos estavam lutando para ficarem abertos, minhas pálpebras nunca estiveram tão pesadas, e eu provavelmente deveria estar com péssimas olheiras.
Eu detestava meu trabalho, pelo menos quando eu era obrigada a acordar 5 horas da manhã para comparecer ao trabalho, sendo que eu nem sequer dormi. Ivanna sempre me falava como eu devia cuidar de mim mesma, eu infelizmente não discordo dela em nenhum instante.
Já tinha corrido para 5 mesas diferentes e em poucos minutos, eu já estava tendo devaneios e provavelmente alucinando, me sentia tonta. Eu não aguentava mais dar um passo, não aguentava anotar mais porra de pedido nenhum.
— Dia difícil? — Escutei a voz da minha chefe atrás de mim, o que fez com que eu pule na cadeira que antes eu estava sentada, ela analisou meu rosto — Pelo visto, sim né.
— Tive uma noite mal dormida — meus lábios se curvaram em um sorriso fraco, eu estava tentando o máximo não parecer uma morta-viva enquanto falava com ela.
— Por isso está repleta de olheiras — Falou com tanta sinceridade que senti uma pontada, não sabia que estava tão visível assim, mas era óbvio que estava! Eu estava na pior condição possível.
— Acho que a maquiagem não cobriu tão bem — Uma risada frouxa saiu dos meus lábios que também estavam ressecados, mas o gloss molhado em meus lábios ajudava ele pelo menos ficar um tanto hidratado.
— Volte a trabalhar, mocinha — Brincou com aquele famoso sorriso maroto, enquanto levava as mãos até meus fios de cabelos castanhos, os afagando carinhosamente, o que me fez sorrir.
Por mais que eu não admitisse em voz alta, aquela mulher era incrível. Era a melhor chefe que eu poderia ter, no momento certo ela dava sermão, mas não desnecessário, ela me ajudava ao máximo que ela podia e sempre entendia quando eu estava mal e não podia chegar a tempo no trabalho.
Ela me ajudou por bastante tempo, ela já era uma mulher de 40 anos e que aparentava ter 20 anos, não por aparência, mas sim por energia. Eu me sentia feliz de trabalhar pra ela, porque apesar de tudo ela já me ajudou e sempre me entendeu, aquilo era ótimo.
