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Geovana Rodrigues

Estava dentro do ônibus com destino a cidade onde minha avó paterna morava no Estado de Goiás. Por pouco minha vó não morreu de infarto por conta dos problemas de saúde, era a idade chegando.

Eu ainda fazia faculdade no estado onde eu morava com meus pais mas bom, por esse problema e por eu amar muito a minha vó resolvi transferir minha faculdade para a cidade daqui enquanto eu moro com a mesma.

Deixei amigos para trás, minha cachorra e claro meus pais que eu era tão apegada. Mas sei que fiz a escolha certa me mudando para morar com a minha vózinha.

Que sinal de merda! — Havia chegado na rodoviária da cidade há meia hora.

Mas o sinal estava péssimo e eu não estava conseguindo pedir um uber. Será que o God barbudão não gostava da minha pessoa?

Sentei em um banquinho na frente da rodoviária e graças a Deus o sinal pegou.

Obrigada meu Deus! — Olha para cima agradecendo.

Assim que meu carro chega eu pego as duas malas que estavam as minhas coisas e boto dentro do porta malas. Assim que ia abrindo a porta do carro acabo batendo em alguém.

Meu Deus do céu me desculpa... — Fecho a porta do carro indo socorrer a pessoa.

Por sorte, POR MUITA SORTE era um cara muito lindo tipo, MUITO LINDO. Ele usava óculos, uma camisa social branca e estava com uma pasta em mãos.

Ele era MUITO lindo, gostoso, maravilhoso e tudo de bom de elogio que exista. Não sabia que Goiás era tão abençoado.

Está tudo bem moça, eu que estava distraído. — Ele se levanta limpando as suas roupas com um sorriso no rosto.

Ok. Aquele sorriso foi o que acabou com a minha sanidade em questão de dois segundos. Oi Deus, o senhor pode me abençoar neste momento?

Mil desculpas novamente mas o motorista está me esperando. — Digo sem graça. — Me desculpe novamente gostosão.

Abri a porta do carro e entrei com pressa mas como a janela estava aberta vi o sorriso no rosto dele e a cara de sem entender nada me olhar, pela última frase patética que eu disse.

Motorista pelo amor de Deus lhe dou dez reais a mais se o senhor der uma de velozes e furiosos. — Após minha fala o motorista saiu arrancando com tudo.

Suspirei aliviada.

O motorista não falou mais nada e seguiu o trajeto rumo a casa da minha vó. Mas mentalmente eu estava me xingando por eu ter passado aquela vergonha perto daquela obra prima.

Meu Deus que vergonha. — Digo em um sussurro colocando as mãos no rosto.

Quando menos vi o motorista estava falando comigo.

Moça? Chegamos! — Saio do meus pensamentos.

Céus... Vai ser em pix. — Ele confirma me mostrando a plaquinha com o Qr code.

Obrigada senhor! — agradeço ao motorista e logo vou retirar minhas malas do porta malas.

Estava na frente da casa da minha vó e era uma casa bem simples e aconchegante. Meus pais tinham me dado a chave que abriria o portão daqui.

Assim que entrei minha avó estava no sofá assistindo algo, sozinha. Bati na porta devagar para não assusta-lá.

Bença vovó. — Ela se levanta do sofá meio confusa mas logo abre um sorriso.

O filho do Padre - DANIEL G. MARQUES ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora