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Daniel Marques

Estava na casa do meu pai tomando café com o mesmo e contando dos acontecidos de ontem com Dona Tereza e a neta dela, Geovana.

Levei maior bronca do meu pai sobre ter mentido da Geovana ser minha noiva mas se ele soubesse que tudo isso é pra fugir daquela Verônica.

Meu 'fi ter mentido que a neta da Dona Tereza é sua noiva foi muito feio. — Ele se senta. — O que os fiéis vão pensar do filho do padre está mentindo sobre casamento?

— Pai o senhor sabe muito bem o motivo de eu ter feito isso. — Cruzo os braços respirando fundo. — O senhor quer que eu me envolva com uma menina menor de idade?

— Não falei isso também meu 'fi mas você poderia esperar Verônica completar os dezoito para vocês se casarem. — Ele diz enquanto bebia o café na xícara.

Ele só poderia tá de sacanagem com a minha cara. Eu queria uma mulher feita, não uma menina que está bem longe de fazer dezoito anos.

Pai essas decisões quem toma sou eu. — Eu já estava irritado a essa altura. — Não tenho interesse nenhum em Verônica e ela deveria se interessar em outras coisas. Não em caras de mais de vinte anos.

Meu pai não fala mais nada e continua tomando seu café e lendo o Jornal dele.

Me levantei da mesa e antes de ir embora meu pai falou algo:

Se tiver interessado na neta da Dona Tereza saiba que eu não concordo. — Ele diz virando para mim. — Não tem a minha benção.

Fechei a porta da casa do meu pai e fui em direção ao meu carro. Eu tinha trabalho e algumas coisas da faculdade para resolver.

Estava por uma das avenidas da cidade quando avistei Geovana andando até o ponto de ônibus. Não seria nada mal uma carona para uma moça não é?

Buzinei o carro e parei.

Opa Geovana. — Abri as janelas do carro parando ao lado dela que tomou um pequeno susto.

Meu deus que susto pensei que era assalto. — Ela diz com a mão no peito. — Como vai Daniel?

— Vou bem. — A respondo. — Entra aí eu levo você ao seu destino.

— Não precisa se incomodar você deve ter os seus compromissos. Eu to indo para a faculdade resolver minha matrícula. — Responde.

Minha faculdade é próxima da sua eu deixo você e já sigo direto. — Insisto

Tudo bem. — Ela dá a volta e entra no banco do passageiro. — Obrigada!

— Não precisa agradecer. — Sorrio para a mesma. — Com quem ficou sua vó?

— Ficou com uma irmã lá da igreja só não lembro o nome dela. — Ela diz enquanto colocava o cinto. — Lembrei! Irmã Fátima.

A irmã Fátima? A mãe da Verônica? Que azar.

Ela é mãe da Verônica. — Digo e Geovana arregala os olhos.

Geovana não falou mais nada o caminho inteiro ela fechou a cara e cruzou os braços como se tivesse incomodada com algo.

Chegamos em frente a faculdade dela e ela logo retirou os cintos. Antes dela sair do carro eu a segurei em seu braço.

O filho do Padre - DANIEL G. MARQUES ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora