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Geovana Rodrigues

Estava no restaurante comendo e desviando o olhar toda hora daquela beldade que estava sentado na minha frente. Se eu fosse abençoada por um homem desse eu nunca mais reclamava da vida.

Então Geovana você namora? — Saio dos meus devaneios de sempre com Daniel perguntando algo a mim.

N-não... — Me xinguei mentalmente por gaguejar que nem uma jumenta. — Não namoro!

Minha vó me olha como se estivesse segurando o riso e a essa altura minha cara devia tá vermelha de tanta vergonha.
Geovana sua idiota.

Os pais dela sempre foram meio rígidos quando se trata de namoro meu 'fi. — Minha vó entra na conversa.

E era verdade. Meus pais desde que eu me entendo por gente sempre me alertaram sobre namoro e que eles não queriam um Genro tão cedo. Mas eu não era mais criança não é? Já tenho vinte e um anos.

Ah eu entendo Dona Tereza. — Ele diz enquanto mastiga.

Até mastigando uma simples carne ele é atraente? Porra meu Deus o que esse homem tá me fazendo sentir?

E você Daniel, namora? — Dessa vez eu dirigi a pergunta pra ele que logo soltou uma risada soprada.

Assim que ele ia respondendo uma garota sim, a menina tinha idade pra ser minha irmã mais nova. Apareceu abraçando Daniel.

Daniel você por aqui!!! — Ela abraçou ele por trás enquanto sorria.

E pela cara de Daniel ele estava digamos assim bem desconfortável com a situação.

Boa tarde Verônica. — Ele diz retirando os braços da menina do ombro dele.

Então esse é o nome da piranha? O que essa menina que nem saiu do ensino médio quer abraçando o Daniel? Cujo meu homem?

O que faz aqui com essas duas? Não as conheço. — Ela diz num tom grosseiro e eu me segurei para não levantar e berrar com essa adolescente sem educação.

Essas duas são a Dona Tereza que frequenta a nossa igreja e essa é a Neta da Dona Tereza, Geovana. — Ele responde sério e me olhando. — Minha noiva.

O QUE???? noiva??? como assim???? eu sou noiva do Daniel? O filho do Padre.

Deus abençoe vocês.. — minha vó devagar levanta da cadeira onde estava sentada e vai até o banheiro.

A essa altura do campeonato ficou eu e Daniel sozinhos naquela mesa, claro que aquela menina ainda estava lá. Com a maior cara de tacho possível.

Como assim noiva Daniel? — Verônica pergunta rindo sem graça.

Meu pai ainda não anunciou não é? A pedi em noivado recentemente. — Daniel estava aumentando aquela história e por incrível que pareça eu estava gostando.

Mas como a gente iria desmentir depois? Na verdade ele né porque até o padre estava meteu no meio.

Estamos ansiosos para o casamento não é querido? — Pego na mão do mesmo na maior cara de pau.

A tal da Verônica estava com fúria nos olhos mas logo se retirou dali quase batendo os pés.

Ai minha nossa senhora o que foi isso? — Solto o ar que nem sabia que estava segurando. — Daniel você não deveria ter mentido assim.

— Geovana essa menina tem dezessete anos quando eu a conheci ela tinha uns quinze e até hoje tenta algo comigo. — Ele diz — Sou adulto e ela uma adolescente isso seria bem errado.

Agora entendi a situação. A menina que nem sequer saiu das fraldas dar em cima de um homem que está praticamente terminando a faculdade mas que não está nem aí pra ela.

Então eu não sou mais a noiva dele?

Agora entendi tudo. — Balanço a cabeça concordando. — E essa história de noivado? Daniel nós temos que desmentir isso.

— No momento não e eu realmente estava fugindo da Verônica e de mais uma louca que a família queria casar ela comigo. — Ele diz sorrindo meio sem graça.

Ai céus esse sorriso não tem como negar nada por que acaba comigo.

Nos assustamos quando o garçom do restaurante grita por ajuda.

AJUDA!!! ESSA SENHORA CAIU NO BANHEIRO. — Ele gritou enquanto a levantava.

Céus era a minha vó!!!!

Corri com Daniel até a entrada do banheiro. Por sorte ou não, a testa dela estava cortada.

Vó pelo amor de Deus. — Como ela estava sentada em uma cadeira peguei um pano e a limpei. — Me desculpa por ter deixado a senhora sozinha foi minha culpa.

— Ei Geovana, a culpa não foi sua. — Daniel diz tocando no meu ombro. Eu estava me sentindo culpada e as lágrimas estavam começando a descer. — Não chore!

Daniel me ajudou com a minha vó até em casa e lá quando chegamos dei um banho nela e a deixei bem cheirosinha. Ele me ajudou a fazer um curativo no corte da testa dela.

Ela dormiu e eu fui para sala junto de Daniel.

Obrigada por tudo que você fez hoje Daniel. — Digo agradecendo o mesmo.

Não precisa agradecer Geovana. — Ele diz sorrindo mostrando os dentes. — Podemos marcar algo essa semana o que acha? Podemos levar sua vó também.

Calma aí ele está me chamando para sair junto com a minha vó novamente? Então ele quer se aproximar de mim?

Pode ser Daniel. — Sorrio. — Você quer algo para beber?

— Não precisa Geo. — Sorrio tímida pelo apelido. — Eu preciso ir e você precisa descansar.

Ele tinha razão hoje o dia foi tão corrido que deixei de resolver até algumas coisas da minha faculdade mas amanhã cedo eu ia resolver.

O acompanhei até a porta e me despendi do mesmo.

Cuidado por aí Daniel... Boa noite! — Já era quase seis da tarde então era noite sim.

Boa noite Geo e qualquer coisa que precisar conte comigo. — Ele vem até mim me abraçando de lado e eu fiquei estática.

Ele saiu fechando o portão e rapidamente abri um sorriso dando pulinhos.

MEU DEUS ELE ME ABRAÇOU. — falei bem baixinho feliz.

📗

oiii ficaram com saudades né? Kkakakaka eu sei 🙈 desculpem pelo atraso do capítulo gente, final de semana ficou meio corrido para mim.

ESPERO QUE GOSTEM DO CAPÍTULO e não esqueçam a estrelinha.

❤️

O filho do Padre - DANIEL G. MARQUES ( PAUSADA )Onde histórias criam vida. Descubra agora