O filho do Padre - DANIEL G. MARQUES ( PAUSADA )

12 -

Geovana Rodrigues

Estava em casa fazendo algumas atividades da faculdade e alguns trabalhos que me pediram pra fazer em troca de um bom dinheiro e óbvio que eu aceitei.

Eu não estava falando com Daniel desde de ontem depois que recebi aquelas mensagens do número desconhecido, a saúde da minha vó era mais importante.

Estava concentrada finalizando alguns trabalhos quando ouço baterem na porta. Quem seria?

— Em que posso ajudar? — Assim que abro a porta vejo Daniel com um pequeno sorriso nos lábios.

— Oi Geovana! — Ele diz ainda sorrindo.

Maldito sorriso que mexia com meu pobre coração cheio de caquinhos.

— Eu estou ocupada e eu preciso me concentrar então você pode ir embora. — Digo o mais seca possível tentando fechar a porta mas ele impede.

— Por quê está me tratando assim? Só quis minha ajuda com a sua vó e agora quer me dar um pé na bunda? — Ele diz sério e parecia estar bem chateado.

Eu estava com medo dessa pessoa anônima descobrir que Daniel sabe da história, ou que essa pessoa possa fazer algum mal pra mim ou pra minha vó.

— Não é isso Daniel é que... — Engulo seco buscando coragem para falar. — Eu sou grata por tudo que você fez e o que tem feito mas eu...

— Me fala Geovana. — Ele diz se apoiando na porta. — O que merda está acontecendo com você? Parece que algum parafuso solta da sua cabeça.

Não acredito que ele me chamou de louca.

— Ei! — O olho brava. — Entra que eu te explico.

Ele entra e vai logo se sentando no sofá da sala esperando que eu falasse algo.

— Eu venho recebendo mensagens anônimas e junto delas algumas ameaças. — Pego meu celular mostrando as mensagens. — Eu não falei antes por que tenho medo dessa pessoa descobrir e fazer alguma coisa.

— Não é querendo te chamar de burra nem nada e muito menos ingênua. — Ele diz mexendo em seu celular. — Mas é que esse número é da Veronica.

Como assim daquela desgraçada filha da puta?

— Que filha da puta. — Me levanto do sofá esbravejando. — O que se passa na cabeça dessa garota? quando ela vai me deixar em paz?

— Quando a gente mostrar pra ela que estamos juntos e que o nosso relacionamento é mais forte do que tudo. — Daniel diz e eu o encaro.

Como assim relacionamento? nós vamos fingir ter um relacionamento? pra essa garota me deixar em paz eu iria até um espírita.

— Está dizendo sobre um relacionamento falso? — Ele balança com a cabeça.

— Vamos agir como um casal de noivos que se amam e esperam ansiosamente pelo casamento. — ele diz enquanto mexe no celular.

— Pode ser né. — Me levanto do sofá e indo até a cozinha. — Vou lavar umas frutas para levar pra minha vó, você vai ir me deixar?

— Vou. — Ele se deita no sofá. — Você conhece essa blogueira aqui? — Ele me mostra o celular de longe e eu enxergo.

— Ele faz umas dancinhas pro Tik tok, Duda Rubert ou algo assim. — Digo voltando pra cozinha.

— Achei ela bem bonita. — Ele diz enquanto rolava a tela do celular.

Ah faça-me o favor né essa garota era bonita em tudo, corpo, dança, rosto, personalidade. Como competir?

Pego uma almofada tacando na cara do Daniel que estava distraído deitado no sofá da sala.

— Levanta seu folgado. — Ele levanta assustado.

— Enlouqueceu Geovana? — Seus cabelos estavam levemente bagunçados.

— Vamos logo para o hospital que eu quero saber quando a minha vó pega alta. — calço minhas pantufas e pego minha bolsa com a sacola de comidas.

— Você tá estressada por que eu falei da Duda Rubert? — Ele diz pegando as chaves do carro e rindo.

— Daniel. — Respiro fundo e o chamo. — Abre as portas desse carro por favor.

— Ah tá bom esquentadinha. — Ele diz destravando as portas e entramos.

O que essa piranha da Duda Rubert tem que eu não tenho? ela é tão desejada e bonita assim para todos os homens do mundo quererem ela?

— Vamos passar em uma floricultura primeiro. — Ele diz ligando o carro. — Quero comprar flores para a sua vó.

— Pra Duda Rubert também? — Coloco os cintos e olho para a rua.

— Se eu pudesse né. — Ele responde inocente.

— Babaca idiota. — Digo respirando fundo.

Daniel solta uma risada e logo seguimos o nosso destino.

No caso o meu né o destino dele é bem essa Duda Rubert.