𝑆𝐼𝑁𝑂𝑃𝑆𝐸: Para um garoto que cresceu como um prostituto na escuridão que existia nas cidades contruídas no subsolo da terra, qualquer trabalho era melhor quando definitivamente, era distino ao corpo que vendia desde a infância.
Micael cresceu...
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M I C A E L V I L L A N I R
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Havia uma coisa que aquele soldado aprendeu ser necessário desde cedo: as informações, o desejo de um homem, e a confiança.
Era irônico como alguns procuravam tão desesperadamente por poder, quando tal coisa se concentrava exclusivamente em saber mais do que a maioria. Depois de tudo, todos viviam de segredos. Alguns morreriam para que os seus não fossem expostos, outros matariam, ou dariam toda a sua fortuna por isso.
A informação era a chave para tudo e qualquer meio, era a porta de entrada, enquanto o preço, a de saída.
Todos tinham um preço.
Todos.
Para alguns era o dinheiro extravagante. Para outros joias, bebidas, contratos, prostitutas, um filho, uma família e até mesmo, o assassinato de alguém.
Todos tinham um preço. E ter informações sobre isso, significava saber qual era o de cada um.
E para Micael Villanir, o preço que ele cobraria, não era nada mais do que o simples fato de o tirarem daquele malditoprostíbuloem que crescera.
Nascido de uma prostituta que fora criada no subsolo, era mais do que um veredito o futuro que seu filho teria. E o qual não tardou em chegar.
Bastou para que Micael conseguisse falar e se colocar em pé em seus próprios pés, para decidirem que ele era mais do que capaz de "suportar" um adulto entre suas pernas.
Para uma criança, como um dia ele fora, demorou para que ele compreendesse que aquilo não era normal. E que o fato de sua mãe sorrir em sua direção enquanto lhe deixava com homens que usariam de seu corpo a medida que pagaria a governanta da casa por isso, não era algo que acontecia em todas as casas. Demorou um pouco, mas ele percebeu que aquilo não acontecia com todos. E que aquela maldita vida insuportável, dolorosa e promíscua, não pertencia a cada ser vivo no mundo.
Micael tinha 11 anos quando finalmente descobriu o que significava sexo. Quando compreendeu o que todos aqueles desconhecidos lhe faziam.
Ele havia se tornado uma puta antes mesmo de aprender a falar corretamente, e o pior, ele havia demorado anos para perceber isso. Mas ao menos, não foi tolo o suficiente para permanecer a deriva no meio do mar ao que o colocaram.
Quando o garoto enfim percebeu o ambiente ao qual pertencia, ele também notou o meio ao qual lhe envolvia. Não eram apenas homens ou mulheres a se deitarem em sua cama, e sim, pessoas de nome, riqueza e estatus que, fora do subsolo, eles pusavam carregar com orgulho e proeza.
