Conversa

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"O que ele está fazendo aqui?" Perguntou Blaise confuso.

"Acho que ele pode ajudar com o que vocês querem" Respondeu Dumbledore calmamente

"Estão aqui para conversar sobre  Draco também? Vocês sabem sobre o pai dele?"

"Óbvio que sabemos! Mesmo que ele não tenha nos contado, qualquer um pode perceber!" Harry se sentiu inutil naquele momento. Sabia que a garota estava exagerando. Como alguém iria perceber?  Mas era tão proximo dele...devia ter percebido sua situação com seu pai.

"Nós temos que denunciá-lo para as autoridades!" Pansy, que até agora estava calada, se pronunciou.

"Mas antes precisamos de provas, por isso devemos convencer Draco, ele que é a principal vítima junto da mãe dele"

"Por que ele não iria querer denunciar quem está o maltratando?" Perguntou Harry, já confuso

"É o pai dele. Acho que Draco ainda tem esperança de que Lúcio não enlouqueça totalmente." Respondeu Pansy, com desgosto. "Agora Harry, você tem que ir procurar Draco para convencê-lo a falar com ss autoridades!"

"O que?! Por que eu?!" Perguntou Harry mais confuso do que antes

"Confie em nós, ele vai aceitar se for você."

"Meu deus.... certo, onde ele está agora?"

"Deve estar no dormitorio ou no banheiro dos monitores, qualquer coisa pergunte por aí" Disse Blaise, não ajudando em muita coisa.

Assim Harry saiu da sala em busca do loiro. Teriam apoio de Dumbledore e sua testemunha, junto com a de Draco e sua mãe. Já tinha passado no dormitorio da sonserina, e agora estava indo em direção ao banheiro dos monitores. Ainda nem tinha se preparado para tentar ter uma conversa civilizada com Draco depois da "briga" mas estava ansioso por isso. Abriu a porta sem fazer barulho e entrou silenciosamente, vendo uma cena que não esperava. Draco estava tomando banho na enorme piscna/banheira do banheiro, onde era possível quase ver seu corpo nu, que tinha cicatrizes bem sérias, se não fosse a espuma, e por um instante Harry desejou que ela não estivesse ali. Mesmo vendo as cicatrizes, só conseguiu ss concentrar na cena do loiro, com a água escorrendo pelo peitoral e pescoço, e sendo sincero, quase ficou duro. Sabia que não era gay. Ou talvez achava isso, mas seus pensamentos logo foram interrompidos.

"AAAAH! Que porra você está fazendo aqui?!" Disse Draco se levantando quase desesperadamente do banho relaxante e pegando um roupão branco que estava ali perto

"E então?!" Perguntou vermelho.

"Eu acho que precisamos conversar" Disse tentando parecer sério ao ver a água escorrendo de suas pernas e clavícula.

"...Conversar? Ugh...me deixe trocar de roupa primeiro, me espere no "outro banheiro" Respondeu Draco

E foi isso que Harry fez. Foi ao antigo banheiro onde costumavam se encontrar e se sentou no chão, relembrando boas e más memórias. Depois de algum tempo Draco também chegou, e parecia estar fazendo a mesma coisa.

"Sobre o que queria conversar?" Perguntou Draco quebrando o silencio desconfortável que tinha de instalado.

"...É sobre o seu pai."

"Você ouviu não é? Aquele dia na enfermaria." A expressão de Draco foi ficando sombria

"Você estava tentando me proteger né? Seu pai mandou você se afastar" Respondeu Harry, e para sua surpresa, Draco riu

"Ora não seja tão convencido Harry"

Estavam começando a usar o primeiro nome. Legal, pensou Harry.

"Você precisa denunciá-lo Draco. Você quer mesmo continuar vivendo com um homem como aquele? E sua mãe, como ela deve se sentir?"

"Eu...não quero...mas não quero mandar meu próprio pai para a prisão! Minha família já foi feliz! Ela pode voltar a ser..."

"Você realmente acredita nisso?"

Ficaram um tempo em silêncio.

"Minha mãe já disse uma vez que queria que ele fosse embora" sussurrou Draco, escondendo o rosto nos joelhos

"Se você o denunciar, você e sua mãe poderiam ser felizes de novo! Você poderia ir ao mundo trouxa conhecer a França, você poderia ser amigo de quem quiser. E nós poderíamos voltar a ser amigos" sussurou a ultima parte

"Você lembra que eu queria visitar a França" disse levantando a cabeça e esboçando um pequeno sorriso direcionado à Harry, que corou.

"Você acha que eu poderia levar você junto?"

"É óbvio que sim"

"Então acho que está na hora de botar alguém na cadeia"

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