SISTER (Moonsun)

XI

O fato de como eu me sentia vazia quando Moonbyul só tinha se levantado para ir ao banheiro não era um bom sinal sobre como me sentiria amanhã. 

A sua saída estava apenas a algumas horas de distância, e eu já estava desejando o retorno de seu cheiro e seu toque nos dois minutos que ela tinha ido embora. Foi conveniente ter um pequeno banheiro no meu quarto, pois ela poderia ter acordado Doyoon e minha mãe se tivesse que ir para o corredor. 

Moonbyul voltou com uma pequena toalha molhada e deitou-se ao meu lado.

—Abra suas pernas. —Moonbyul colocou entre elas e segurou lá. —Isso melhora? 

—Sim, melhora, Obrigada. 

Eu realmente não estava com tanta dor, mas o calor do pano era calmante. 

—Dói? 

—Não. Realmente não é de todo mau. Eu ficaria bem de tentar novamente. 

—Eu quero que você descanse um pouco antes. 

O quarto estava escuro, exceto pela luz vinda do banheiro. 

Durante a hora seguinte, ela levantou-se algumas vezes para substituir o pano por um mais quente. Moonbyul tinha acabado de deitar ao meu lado, segurando-o entre as minhas pernas. Nós duas estávamos ainda completamente nuas, e me surpreendeu que eu já não me envergonhasse, porque ela me fazia sentir completamente confortável em minha própria pele. 

Eu quase desejei que ela não fosse tão carinhosa e doce comigo. 

Conversamos muito nessa hora: sobre sua escrita, sobre o meu desejo de me tornar uma professora, sobre os nossos planos para o próximo ano. Ela iria atender a um colégio da comunidade perto de sua casa em Singapura. Ela viveria em casa para manter um olho em Hayun e planejava conseguir um emprego perto dali. 

Moonbyul podia falar sobre qualquer coisa abertamente, exceto o tema de sua história com Doyoon. Isso estava fora dos limites na única vez que tentei trazê- lo. Os números digitais vermelhos do despertador me provocavam. 

Agora eram três horas. 

Meu coração estava começando a palpitar, e eu me senti quase em pânico. Não havia muito tempo. Ela deve ter lido minha mente, porque de repente me virou de costas para que ela ficasse debruçada sobre mim. 

—Não vá lá. —Disse sobre os meus lábios. 

—Onde? 

—Onde quer que a sua mente esteja agora. 

—É difícil não fazer isso. 

—Eu sei. Acho que o que acabei de dizer foi totalmente hipocrisia quando eu tento te impedir de pensar sobre isso, mas eu estou pensando sobre isso a horas. —Antes que eu pudesse dizer algo, ela mudou de assunto. 

—O que posso fazer para torná-lo melhor? 

—Faça-me esquecer. 

Ela olhou para mim longamente antes de eu sentir sua mão envolver suavemente ao redor do meu pescoço. Essa parecia ser a sua parte favorita. 

Eu adoro isso. 

—Eu sei que você disse isso antes. Mas você realmente quer que eu te mostre? 

—Sim. 

—Você não quer que eu me segure de forma alguma? 

—Não pegue leve comigo dessa vez, Moonbyul. Por favor.