Acontecia por todo lugar que eu ia, as pessoas morriam ou perdiam pessoas que lutaram pela sobrevivência, o medo, o caos e o pânico dominava as ruas sempre que um grunhido era ouvido de qualquer lado, o sangue, membros e restos de pessoas que enfeitaram as ruas como em um Halloween de mau gosto, onde as pessoas assustavam as outras de propósito, mas desta vez era diferente, era real.
O cheiro terrível de podre e as moscas voando a cada centímetro dos corpos era terrível, não vejo Dwigth desde que ele foi buscar sua esposa, eu tenho medo de saber o pior, e quer saber? Estou lidando melhor sem ter notícias dele, acredito que não importa o que tenha acontecido, alguma força maior nos afastou para que pudéssemos ser fortes. Eu encontrei um lugar, Dianme acolheu em Alexandria e isso é bom, temos casas, luz elétricas, água potável e tudo que mais procuramos na atualidade, segurança.
-Aaron, acho uma péssima ideia ter deixado a água no meio da estrada...e se eles não passarem por ali?
-Tenha mais fé, Amelie. Eu calculei a rota deles e vai dar certinho ali, agora precisamos esperar.
Assim o fizemos, esperamos a tarde quase se encerrar quando o grupo em que Alexandria tinha interesse chegar até a água, eles pareciam discutir e eu vi um deles pegar uma das garrafas para beber, mas um homem que parecia ser o líder deu-lhe um tapa na mão e derrubou a água, por que ele faria isso?
Quando a madrugada chegou, uma tormenta invadiu nosso lar, mas eu e Aaron chegamos em casa a tempo de nos refugiarmos em nossas camas quentinhas e seguras.
O dia amanheceu e o estrago havia sido grande, Aaron estava voltando para verificar se todos estavam vivos quando eu o assustei.
—Nao, você não vai comigo.
Resmungou o homem revirando os olhos.
—Erick, o Aaron não me deixa ir com ele!
—Aaron, leve ela!
—Trapaceira!
Sorri em vitória e corri para minha casa, peguei meu rádio, uma faca, vesti uma regata preta e amarrei um casaco na cintura. Peguei um pacote de amendoin e sai comendo portão a fora, enquanto Aaron tomava conta da nossa segurança, eu ligava um walkman e tocava algumas músicas antigas em uma fita e um fone antigo. Cortamos a estrada para o campo e as árvores estavam todas caídas, me surpreendeu ver que havia um celeiro lá, e ele estava de pé. Os errantes pendurados nas árvores e os sobreviventes intactos, não havia feridos ou mortos, o que animou a mim ao Aaron que decidiu se aproximar, deixei meu walkman em sua mochila e iria para o lado oposto, o lado do Rio.
—Nao faça contato direto. Prometa!
—Eu prometo.
—E fique com seu rádio em mãos, nada de armas pois não queremos assusta-los ou morrer.
—Sim senhor, agora me deixa ir.
Disse saindo enquanto Aaron me encarava me afastar, ele era um pai para mim, tudo que eu fazia passava por aprovação de Erick e Aaron que me adotaram desde que pisei em Alexandria, me tornando a filha do casal gay daquela comunidade.
Esquivei-me pelo mato até o rio, onde andei com o rádio nas mãos e encarando a água, eu era o tipo de garota atrapalhada e meio sonsa que não sobreviveria sozinha, e o motivo de eu estar viva era sorte pura, o que irritava quem me conhecia. O rádio chiou e Aaron disse algo que foi abafado pelo som de um tiro que não me atingiu, mas foi em minha direção. Eu teria tempo o suficiente para decifrar o que teria acontecido, mas uma pancada forte me apagou na mesma hora.
Algumas horas.depois acordei com a cabeça doendo e as vozes abafadas ao meu redor, eu estava dentro do celeiro com aqueles malucos que meu pai estava sondando.
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We are the Walking Dead
FanfictionAmelie é uma sobrevivente que foi acolhida em Alexandria antes de Aaron e Erick entrarem na sua vida. Depois de anos ela recebe novos moradores na comunidade que se encontra e acaba se envolvendo com cada um deles de forma diferente.